No mesmo caminho adotado pela União Europeia há pouco meses, o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID -, acaba de reunir todos os 37 países da América Latina para debater um programa de prevenção a desastres naturais. Na abertura do conclave, fizeram as contas: para cada dólar gasto em ações contra calamidades que estão ocorrendo, a região perde quatro. Não há como “vencer” economicamente uma catástrofe. Só há uma saída realmente produtiva: prevenir. Desastres, desastres e mais desastres. Nos últimos anos, ocorreram 62 desastres naturais anualmente, como media, nos 37 países da região. Entre secas, incêndios, inundações, tormentas e furacões, 190 milhões de pessoas, quase o equivalente à população brasileira, sofreram os estragos dos desastres e de imensas perdas econômicas. Em torno de 2 a 4 pontos percentuais do PIB da região foi perdido. Um enxame de aviões e helicópteros. A principal proposta para prevenir incêndios, nossa maior preocupação, em conjunto com a seca, é construir uma rede de proteção aérea entre os países vizinhos. A cada incêndio em uma região, os países próximos enviariam dezenas, centenas de aviões e helicópteros, adquiridos com financiamento do BID, sempre em estado de espera do próximo desastre. Assim, caso ocorra outro incêndio no Pantanal do MS, sairiam aviões e helicópteros do Paraguai e da Bolívia para combatê-lo e vice-versa. Eles acreditam que os incêndios só são devidamente combatidos pelo ar.