
A câmera de segurança de um posto de gasolina em Paranaguá, no interior do Paraná, flagrou o momento em que um homem arrasta uma jovem para dentro de um banheiro para estuprá-la. Na gravação, que captou o áudio da ação, é possível escutar a vítima gritando ‘não’ ao estupro pelo menos 11 vezes. Mesmo com o vídeo que comprova a violência sexual, a Justiça negou a prisão do acusado.
O caso envolve o pedreiro Nathan de Siqueira Menezes, acusado de estuprar a jovem, que não teve a identidade revelada. A vítima e o suspeito se conheceram em uma casa de shows no dia 23 de fevereiro.
Segundo a vítima contou ao Fantástico, da Rede Globo, ela e Nathan se beijaram no local, mas logo depois ela pediu um carro de aplicativos para ir embora com uma amiga e saiu, cortando a pulseira que dá acesso à balada.
Enquanto esperava o veículo, a vítima quis voltar para o estabelecimento para usar o banheiro, mas não conseguiu. Nathan disse que a ajudaria e indicou o banheiro de um posto de gasolina ao lado do local.
A câmera de segurança do posto mostra a vítima sendo arrastada para dentro do banheiro pelo homem. Com áudio, o vídeo ainda captou os gritos de desespero da jovem, dizendo “não” pelo menos 11 vezes. “Nathan, eu não quero! Eu não quero, Nathan!”.
“Ele não deixava eu pegar o celular. Aí nisso o meu celular notificou, eu peguei o celular e ele tava com o celular dele na mão. Foi nesse momento que eu achei uma brecha para eu poder conseguir fugir dali”, contou a vítima.
Na mesma madrugada do crime, a vítima foi à delegacia de Paranaguá para registrar um boletim de ocorrência. Nathan prestou depoimento cinco dias depois, sem saber que a polícia teve acesso às imagens de câmera de segurança com áudio. “Eu nunca forcei ela a fazer nada”, afirmou o suspeito. Quando a polícia conta da gravação, ele retruca: “Ela estava fazendo charme.”
A Polícia Civil disse ao Fantástico que Nathan chegou a gravar a violência sexual no banheiro. “Nós apreendemos o celular, mas não localizamos esse vídeo. Provavelmente ele apagou esse arquivo. Agora esse celular, ele se encontra em poder da polícia científica e vai passar por exames periciais com a intenção de recuperar esse arquivo”, afirmou a delegada Maluhá Soares.
A polícia pediu a prisão preventiva de Nathan, mas o pedido foi negado, e a Justiça determinou o uso de tornozeleira eletrônica. Ele responderá pelos crimes de estupro e registro não autorizado da intimidade sexual. Se condenado, o suspeito poderá ficar até 11 anos na prisão.
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