Neste sábado (29), a Praça do Rádio Clube, em Campo Grande, foi palco de um protesto organizado por diversas entidades e movimentos sociais, com o objetivo de se posicionar contra a possibilidade de anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A manifestação foi um dos muitos atos programados para este domingo (30), nas 27 capitais do Brasil, sob a convocação das frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, que reúnem cidadãos de diferentes regiões do país em defesa da democracia. O protesto em Campo Grande contou com a presença de cerca de 100 pessoas, entre políticos, cidadãos de diferentes idades e profissões, que se reuniram em frente ao carro de som para se manifestar contra o que consideram uma ameaça à democracia. Júlio Amaral, funcionário público de 56 anos, explicou sua presença no evento destacando a importância de defender a democracia contra aqueles que buscam destruí-la. “Eu acho que nós temos que lutar pela democracia. A democracia é a essência do nosso conviver, da nossa sociedade. Se alguém tenta prejudicar a sociedade, devemos ser contra. Não podemos aceitar golpistas”, afirmou. A professora Josefa Silva, de 45 anos, também fez questão de ressaltar sua oposição à anistia. Ela comparou os acontecimentos de 2023 com o golpe de 1964, e lembrou as atrocidades cometidas durante a ditadura militar. “Não podemos cometer o mesmo erro de 64, quando todos os torturadores foram anistiados, enquanto as vítimas não tiveram sequer o direito de enterrar seus mortos. Precisamos julgar de forma justa todos os golpistas”, declarou, reforçando a importância de não deixar impunes aqueles que atentaram contra a democracia brasileira. Giovanna dos Santos e Souza, estudante de 25 anos, também se pronunciou contra a anistia aos golpistas, lembrando a importância da luta por direitos sociais e reforma agrária. “Com o governo Bolsonaro, a luta pelos direitos foi praticamente enterrada. Não podemos permitir que os golpistas saiam impunes”, destacou, enquanto defendia o fim da impunidade e a luta por justiça para todos os cidadãos. Walter Gonçalves, presidente do Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso do Sul (Sindjor), reforçou a relevância de a imprensa e os movimentos sociais defenderem a democracia. Para ele, a liberdade de expressão e a verdade estão diretamente ligadas à preservação democrática. “A chegada da extrema-direita radical mostrou que a nossa democracia ainda é frágil. Tentativas de golpe, como a de 8 de janeiro, mostram que precisamos estar vigilantes”, afirmou. Gabriela Ortigoza, estudante de 25 anos da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), também participou do protesto, ressaltando a necessidade de combater qualquer tentativa de instaurar um regime ditatorial. “A ditadura militar nunca mais. Nós precisamos lutar pela nossa liberdade e justiça. Quem tentou reverter a democracia precisa pagar pelo que fez”, declarou. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .