Na noite de sexta-feira (28), Michel Teló aproveitou Campo Grande para a gravação de um DVD. No cenário do restaurante que o irmão é sócio, no Parque dos Poderes, 200 convidados assistiram ao sertanejo transformar memórias em música, como quem folheia um álbum de infância ao som de violas e risos. A noite começou às 18h30, e a primeira cena foi de Teló que entrou no salão ao lado dos filhos e da esposa, Thais Fersoza, enquanto a melodia de “Garçom Amigo” marcava sua chegada. Ali, o passado e o presente se entrelaçavam, e logo a canção “Ai Se Eu Te Pego” reacendia os dias em que sua voz correu o mundo. Mas desta vez, ele não estava sozinho, os filhos tomaram o microfone, e Teodoro, com a coragem espontânea das crianças, se lançou na melodia. “Papai ganhou todos os The Voice porque o tom tava certo”, brincou Michel Teló, antes de pedir aos músicos que ajustassem a tonalidade para o pequeno. “Aumenta o tom dele aí”, orientou, em um misto de técnico e pai coruja. O projeto, batizado de “Sertanejinho do Teló”, foi mais do que uma gravação: era um retorno. “Vi o Teodoro cantando e me tocou algo muito especial. Me emocionou. Foi muito especial voltar aqui e celebrar em família. Lembro do primeiro baile que toquei aqui no Canecão”, confessou, trazendo à memória os tempos de bailes e estrada. E então veio o vaneirão, acelerando os corações dos convidados. Mas Michel Teló não se limitou às fronteiras do sertanejo. Cantou “Meu Erro”, dos Paralamas do Sucesso, e “O Sol”, de Vitor Kley. Homenageou Cristiano Araújo com “Cê Que Sabe” e abriu espaço para o pai, Seu Aldo, que tomou o microfone e ergueu a emoção coletiva com a canção “Meu Mato Grosso do Sul”. A noite foi um mosaico de referências, passando por Lulu Santos, Cazuza e Raul Seixas. Até o Carnaval deu as caras, teve ainda “Como Enganar um Coração” e “Quem Dera Ser um Peixe”. Entre os leds do cenário, os petiscos e os chopps do restaurante fechado exclusivamente para a ocasião, a noite se desdobrou em quase quatro horas de música, entre risadas, muita cerveja e nostalgia. No fim, a impressão era de que ninguém queria ir embora. Como quem se demora na despedida de um reencontro querido, Michel Teló e seus convidados estenderam a noite até onde a memória, e a melodia, permitiram. “Eu pago tudo”, dizia o cantor, que no fim pagou mesmo, porque todo mundo bebeu e comeu à vontade na conta dele. Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial , Facebook e Twitter . Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui) . Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News .