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Governo deve indicar nome para Casa da Mulher esta semana

O Governo do Estado busca uma técnica que possa assumir como coordenadora a gestão integrada da Casa da Mulher Brasileira, junto com a Prefeitura de Campo Grande. O município administra o local sozinho e, após o debate desencadeado sobre a rede de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica, a partir do assassinato da jornalista Vanessa Ricarte, ocorrido em 12 de fevereiro, os serviços passaram a ser debatidos em busca de aperfeiçoamento. Vanessa enviou áudio horas antes de morrer a uma amiga apontando que ficou “impactada” com o atendimento na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), sugerindo a falta de empatia e acolhimento. No âmbito estadual, o vice-governador, José Carlos Barbosa, Barbosinha, e a secretária de Cidadania, Viviane Luiza da Silva, assumiram as discussões para aperfeiçoar serviços e criar ações de prevenção. A Polícia Civil concluiu investigação sobre o atendimento prestado à Vanessa e nos próximos dias deve ser oficializado o resultado do trabalho da Corregedoria apontando que não houve negligência. A família da jornalista essa semana disse, na tribuna da Câmara de Vereadores da Capita, durante audiência pública, que repudiava o desfecho e que não aceitaria que manchassem a imagem dela. Barbosinha conversou com a reportagem esta manhã e disse que há possibilidade de já nesta semana ser indicada a representante para atuar na Casa. “O Governo está preocupado porque, embora o relatório indique que, do ponto de vista do trabalho policial, não houve falhas, o próprio Governo reconhece que, dentro da Casa da Mulher Brasileira, no trâmite interno, são necessárias mudanças.” Os protocolos da Casa seguem modelo desenhado pelo Governo Federal. O que o Executivo Estadual defende é que haja maior interação e fluxo de informações entre os serviços oferecidos no local. A Casa reúne serviço policial, poder judiciário e atendimento psicossocial, além de ter a presença da Patrulha Maria da Penha, formada por guardas civis, que acompanham o cumprimento das medidas protetivas e fazem escolta quando acionados. No caso de Vanessa, ela acabou indo sozinha para casa, após tomar conhecimento da expedição da medida, solicitada na noite anterior. As alterações, conforme o vice-governador, começam “pelo acolhimento da mulher, pelo fortalecimento da atuação de assistentes sociais e psicólogas, pelo aprimoramento do fluxo de atendimento dentro da Casa da Mulher Brasileira e por uma maior interação entre o trabalho biopsicossocial e o trabalho das delegadas, com compartilhamento de informações e uso de tecnologia.” Ele aponta que o Governo fez uma análise crítica do que ocorreu e não há acomodação. “Há, sim, o reconhecimento da necessidade de melhorias, e estamos trabalhando para que isso aconteça.” Barbosinha aponta que o aperfeiçoamento a ser implantado na unidade de Campo Grande servirá de modelo para as outras Deams e unidades que a União prometeu instalar- em Ponta Porã, Corumbá e Dourados.   

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By Thiago Gabriel

Sou um editor de notícias especializado em eventos políticos, econômicos e de jogos online.

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