Todo o planejamento comum para o parto mudou com a chegada rápida de Maria Fernanda. Para se ter ideia, durante as duas horas que envolveram Fernanda Souza Diniz Lippi dar à luz, o fio dental e uma tesourinha de maquiagem ganharam status médico. Tudo para dar conta do parto “à jato” em Campo Grande. Brincando com a situação, Fernanda concorda que o parto realmente não teve demoras e longas esperas. Algo bem diferente da primeira vez que engravidou, quando levou 22 horas em meio às contrações. “Sempre pedi para Deus que fosse muito rápido. Ele me atendeu e me sinto muito grata, em casa foi melhor que se fosse no hospital. Não foi algo que me assustou. Vivi o extraordinário de Deus naquele momento e é divino pensar que consegui trazer essa criança para o mundo de uma forma tão natural, igual às minhas avós”, explica. Tendo acompanhado os momentos finais do parto, a fotógrafa Fabrinny Piell explica que o plano era ir para a casa de Fernanda assim que as contrações ficassem mais fortes para pegar todo o início do trabalho de parto. E, realmente, às 2h57min no dia 16, ela foi acionada pela doula Brenda Pulcinelli. As duas só não esperavam que o trabalho fosse ser tão dinâmico. “Me arrumei e fomos juntas, chegamos às 03h28 e encontramos a Fer no quarto, já no expulsivo (fase final do trabalho de parto), logo que chegamos ela teve outra contração e vimos que os cabelinhos da Mafê (Maria Fernanda) já estavam aparecendo”, conta Fabrinny. Com isso, a médica, Bruna Silveira, também estava a caminho e teve tempo apenas de colocar as luvas. “Esse foi um parto cheio de aventuras e “gambiarras”. O cordão umbilical foi cortado com uma tesourinha de maquiagem e amarrado com fio dental. Depois de tudo normalizado, fomos para a maternidade para a retirada da placenta e os cuidados para ambas. A pediatra já estava no hospital esperando para avaliar a Maria Fernanda”, descreve a fotógrafa. Apesar das adaptações, escolhas como o parto natural já estavam planejadas. Ao lado do marido, José Eduardo Lippi, a mãe sabia que caso fosse possível, sua saúde e a do bebê seriam privilegiadas. “Tenho mais medo da cesárea, anestesia e corte do que realmente de viver as fases do parto normal”. Para Fernanda, compartilhar mais um momento de sua vida é algo que pode ajudar outras pessoas. “Acredito que motivará mais mães a não terem medo do parto e o quão importante é se preparar para esse momento. A gravidez não é só montar enxoval”. Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial , Facebook e Twitter . Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui) . Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News .
Parto ‘à jato’: Mafê nasceu em casa com cordão umbilical amarrado em fio dental
