Lançado em MS, aplicativo auxilia na eficiência reprodutiva de bovinos

Para fortalecer a pecuária de corte, veterinários da Embrapa Pantanal e Gado de Corte desenvolveram o primeiro aplicativo gratuito para realização do exame andrológico, chamado Andro Lógico. A avaliação, feita em machos reprodutores, como bovinos, equinos e suínos, verifica a capacidade reprodutiva dos animais. O app está disponível para ampla adoção por parceiros, programas de melhoramento genético e empresas de equipamentos veterinários, garantindo padronização na qualidade dos exames. Além disso, o Andro Lógico gera um banco de dados com informações estratégicas para o setor, incluindo número de exames andrológicos realizados por ano, idade dos touros, incidência de patologias e regiões com maior ocorrência de problemas espermáticos. “O aplicativo reúne informações organizadas e padronizadas, auxiliando o médico-veterinário na realização dos exames clínico, físico e morfológico. Esses dados também agilizam a emissão de laudos e o diagnóstico final, classificando o animal como apto, apto para monta natural, inapto temporário ou inapto”, explica a médica-veterinária Juliana Correa, coordenadora do projeto. Para garantir a precisão dos dados inseridos na plataforma, a coleta a campo deve ser feita por um médico-veterinário capacitado. Por isso, logo na tela inicial, o profissional deve registrar seu número no CRMV (Conselho Regional de Medicina Veterinária). Embora tenha sido desenvolvido para a espécie bovina, o aplicativo pode ser adaptado para outras, tornando-se uma ferramenta valiosa para a pecuária nacional. O exame andrológico é tão essencial quanto a nutrição e os cuidados com a saúde dos animais. Problemas reprodutivos podem gerar perdas na produção e até comprometer a qualidade genética do rebanho. “Um touro infértil pode representar a perda de 25 a 50 bezerros, enquanto uma vaca infértil causa a perda de apenas um bezerro”, alerta a pesquisadora e especialista em reprodução animal Alessandra Nicacio. Segundo ela, cerca de 5% dos touros em serviço são inférteis e de 20% a 40% são subférteis, ou seja, geram menos descendentes do que o esperado. *Texto com informações da Embrapa.  Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas  redes sociais .