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Menina com leishmaniose suspeita há 5 meses viaja à Capital para reavaliação

Luanna Vitória Nunes, 8 anos, mudou muito nos últimos cinco meses. “Sempre tem febre, falta de apetite, fraqueza, não brinca mais e não corre. Também está perdendo peso, com queda de cabelo e tem caroços no pescoço”, conta a autônoma Jeisiane Guimarães, mãe da garota.  Além disso, exames de imagem feitos no período mostram que o fígado e o baço da criança estão com tamanho fora do normal. Os primeiros sintomas levaram à suspeita de leishmaniose. Após o atendimento em uma UBS (Unidade Básica de Saúde) de Três Lagoas, onde ela mora, foi encaminhada para o Hospital Regional da cidade. A paciente ficou internada por uma semana e fez teste rápido que deu negativo para a doença. Mas a mãe pediu que exame mais detalhado fosse feito, quando ouviu que não estava disponível.  “Como essa foi a suspeita inicial na UBS, decidi pagar para ela fazer num laboratório depois da alta”, conta Jeisiane. O resultado foi positivo.  Dois meses depois, vendo que a criança não melhorava, o mesmo exame foi refeito em laboratório diferente. Veio mais um positivo. “Estavam na dúvida se era leishmaniose e o SUS em Três Lagoas não faz exame laboratorial, apenas teste rápido. Deu negativo e eles optaram em pegar essa afirmação como correta”, continua a mãe. A menina chegou a receber acompanhamento em consultas no mesmo hospital, porém, a indicação era sempre que refizesse o teste rápido. Todas as repetições deram negativo.  A mãe insistiu e procurou atendimento com infectologista no Centro Municipal de IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis), mas também não teve sucesso. Os testes rápidos feitos lá continuaram dando negativo. “Fui aconselhada a procurar atendimento por conta própria em Campo Grande, já que não poderiam fazer o encaminhamento”, relata a autônoma. Vaga na Capital – A saga começou no fim de outubro do ano passado e continua. No sábado (15), a mãe resolveu viajar com Luanna e a caçula para Campo Grande.  Desde então, a menina está internada no CRS (Centro Regional de Saúde) Nova Bahia aguardando uma vaga no Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), onde será avaliada por um infectologista infantil. Ela tem pressa para solucionar o quanto antes o caso da filha. Luanna fez novos exames no CRS. A mãe ainda não foi informada dos resultados, mas diz ter sido alertada que o inchaço no fígado e no baço persiste. A reportagem questionou a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) sobre qual a previsão da vaga sair. Não houve retorno até a publicação desta matéria. Atendimento em Três Lagoas – A assessoria de imprensa da Prefeitura de Três Lagoas se manifestou sobre o atendimento e a disponibilidade de exames no município na nota abaixo. “A Secretaria de Saúde de Três Lagoas informa que a paciente recebeu do Município todo auxílio necessário e previsto, conforme encaminhamento médico. Os exames foram feitos no Hospital Regional e, num primeiro momento, deu negativo para leishmaniose. Devido à evolução do quadro, a médica infectologista da Rede Municipal reencaminhou a paciente para internação no Hospital Regional para que fossem feitos novos exames. Apesar disso, a genitora preferiu buscar novo atendimento em Campo Grande, reiniciando o processo por lá. A Administração Municipal, por meio da secretaria, esclarece que possui os exames laboratoriais para identificação de leishmaniose e em nenhum momento deixou de prestar atendimento à paciente”. A assessoria de imprensa do Hospital Regional de Três Lagoas também foi contatada, mas ainda não se manifestou. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .

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By Thiago Gabriel

Sou um editor de notícias especializado em eventos políticos, econômicos e de jogos online.

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