Após o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) deu parecer favorável à revogação da prisão de Leandro Coelho Marques e para que processo seja arquivado. Desde 19 de fevereiro, o tatuador está em cárcere, acusado de descumprir medida protetiva contra a ex-companheira. A manifestação ocorreu dentro de ação judicial em que há o pedido da defesa para a concessão da liberdade provisória. Na posição apresentada pela promotora de Justiça, Clarissa Carlotto Torres, ela pontua que não se trata nem de conceder liberdade, mas de extinguir o mandado de prisão, já que ele sequer responderá a processo. A justificativa é a falta de provas. “Verifica-se que não há justa causa para o ajuizamento de ação penal, diante da insuficiência de elementos a sustentarem a peça acusatória”, explica o texto assinado pelo MP. Outro motivo que justifica a decisão da promotoria é que a testemunha ouvida sobre o caso não estava presente no momento dos fatos. Além disso, por estar preso, Leandro não foi ouvido. De vítima a algoz – Em fevereiro de 2023, o tatuador Leandro Coelho Marques foi atacado com soda cáustica pela ex-namorada, Sônia Obelar Gregório, e perdeu a visão. Sônia foi presa no ano passado em Curitiba (PR) por lesão corporal gravíssima e segue detida. No dia 7 de fevereiro de 2025, Leandro foi encontrado pela reportagem do Campo Grande News em frente à Casa da Mulher Brasileira, após ser preso por violência doméstica. Ele contou que se casou em junho de 2024 com uma farmacêutica, comprou uma casa no mesmo terreno que a dela e, após a separação, surgiram conflitos entre eles. Em 2 de março de 2025, Leandro foi preso novamente por supostamente descumprir medidas protetivas contra a ex-esposa. O mandado havia sido expedido em 21 de fevereiro pela juíza Adriana Lampert e foi cumprido pela Delegacia Especializada de Proteção à Mulher. A defesa do tatuador Leandro Coelho Marques, que ficou cego após um ataque com soda cáustica, solicitou sua liberdade provisória em março de 2025, após sua prisão. O advogado argumentava que a prisão viola sua dignidade, pois Leandro enfrenta dificuldades dentro do sistema prisional devido à deficiência visual e ao risco de violência. A defesa pediu a substituição da prisão por medidas cautelares, como monitoramento eletrônico. Além disso, Leandro também responde a um processo por suposto golpe de R$ 80 mil contra a ex-esposa, com audiência prevista para o fim de abril. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .
Defesa pede e MP é favorável à soltura de tatuador preso por violência doméstica
