Investimento em inteligência e tecnologia frearão facções em MS, diz magistrada - 813BET - Melhor Entretenimento Investimento em inteligência e tecnologia frearão facções em MS, diz magistrada - 813BET - Melhor Entretenimento

Investimento em inteligência e tecnologia frearão facções em MS, diz magistrada

“Mato Grosso do Sul é um Estado sensível para o crime organizado”. É o que diz a desembargadora Ivana David, do TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo), especialista em debater o tema, esteve em Campo Grande, para ministrar formação aos juízes substitutos do Estado. Ela defende o avanço dos trabalhos de inteligência investigativa com o auxílio da tecnologia para frear o avanço das facções. O Brasil, conforme o MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública), possui 88 facções criminosas. Em Mato Grosso do Sul, seis delas estão na ativa, sendo o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o CV (Comando Vermelho), que disputam o domínio do tráfico de drogas e brigam por poder, principalmente econômico, as mais atuantes.  As outras quatro – “Os mano”, do Rio Grande do Sul; Primeiro Comando Catarinense, de Santa Catarina; Sindicato do Crime, do Rio Grande do Norte; e Bonde do Maluco, da Bahia – surgiram com a chegada de quem é ligado a elas ao Estado. Em entrevista por telefone para o Campo Grande News , Ivana citou as fronteiras de MS como porta de entrada de drogas e armas para o Brasil, que são exportadas para a África e a Europa. “Somos o segundo consumidor de cocaína do mundo e perdemos só para os Estados Unidos”, pontuou. Para combater esse tipo de crime, destaca a desembargadora, só o uso de inteligência e tecnologia, a identificação e o isolamento das lideranças de facções criminosas – quando previsto em lei, nos presídios federais –, além da retirada de valores, produtos e proventos do crime, como forma de diminuir o poder econômico das organizações criminosas. “As características de uma organização criminosa são hierarquia, divisão de tarefas, lucro, simbiose com o Estado e uso de violência”, explicou. Indagada sobre a atuação das facções dentro dos presídios, Ivana afirmou que o Estado deve investir em tecnologia, como bloqueadores de celular eficientes. “Os estados resistem muito por inúmeras questões, entre elas o custo”, afirmou. Outra medida destacada pela juíza para combater o crime organizado é a investigação por meio de inteligência, incluindo a cooperação internacional, a troca eficiente de informações entre policiais e demais agentes do sistema de segurança pública. A magistrada cita ainda que o crime organizado é uma “empresa” muito bem estruturada, com uma vasta rede de opções para a lavagem de dinheiro, como as criptomoedas, e envolve fábricas clandestinas de drogas, contrabando, pirataria, tráfico de pessoas, trabalho escravo, prostituição, tráfico de órgãos e terrorismo. “O narcotráfico gera muito lucro e, por isso, precisam lavar esses valores para movimentar e usufruir de todos esses dividendos”, destacou. Ainda de acordo com a desembargadora, para policiais, promotores e juízes, combater essa ação criminosa é bastante complexo e demanda que as denúncias da sociedade cheguem ao sistema de Justiça, para que condutas combativas possam ser adotadas, além de modernizar a forma de processar esses casos e provas, utilizando tecnologia. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .

Avatar photo

By Thiago Gabriel

Sou um editor de notícias especializado em eventos políticos, econômicos e de jogos online.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *