Mesmo sem qualquer experiência em engenharia ou elaboração de projetos, Wanderley Ortega, de 42 anos, decidiu embarcar na aventura de construir do zero sua própria Pit Smoker, churrasqueira famosa nos Estados Unidos, usada para a defumação de carnes. Durante três meses, o empresário investiu tempo, dinheiro e dedicação em pesquisas na internet para concluir a empreitada 100% autoral. O equipamento “transformer” criado por Wanderly já está praticamente concluído. Para quem vê de longe, pode até surgir a dúvida: é churrasqueira ou trator? Cópia fiel e planejada, o utensílio imita o tamanho real de um trator, mas, em vez de arar a terra, tem capacidade para defumar muita carne. Na parte da frente, há espaços para espetos que acomodam até 40 kg de carne. Nas tampas, quatro grelhas com capacidade para a mesma quantidade de proteína. “O que falta agora é passar verniz, colar adesivos e colocar outros acessórios. Até quarta-feira já vai estar toda pronta”, revela. Foi na Capital Paulista, onde morou por 11 anos, que Wanderly teve a oportunidade de conhecer vários ‘rolês’ gastronômicos. Nas andanças pela metrópole, provou pratos com comida defumada e teve a ideia de empreender no ramo. “Em São Paulo o campo da alimentação e gastronomia é muito grande e eu ia a muitos eventos de churrasco, hambúrguer. Provei bastante comida defumada e por conta dessa experiência, pensei em fazer a pit smoker para trabalhar com isso aqui em Campo Grande”, comenta. Depois de analisar alguns projetos na internet, o empreendedor botou a mão na massa e até aprendeu a soldar. No início, uma das propostas cogitadas foi produzir o equipamento em formato de trem, no entanto, a ideia acabou sendo alterada. “Como estamos em Mato Grosso do Sul, achei que algo mais voltado para o agro faria mais sentido, e assim fui montando”, explica. Atualmente, o empresário administra um restaurante no Bairro Monte Castelo, onde trabalha com a esposa, Kelly. Com a pit smoker pronta, a ideia é oferecer churrasco defumado por toda Campo Grande. “É fácil carregar, como se fosse reboque. Nossa ideia é colocar em pontos turísticos como o Parque das Nações Indígenas e Rua 14 de Julho. Já procurei a Agetran e até já consegui alguns alvarás que precisa”, esclarece. De acordo com Wanderly, diferente do churrasco convencional, no equipamento feito por ele a carne fica de 12 a 14 horas no processo de defumação, essencial para dar ponto ao sabor característico. “A gente coloca a proteína e deixa fechado, só vai controlando a temperatura. Não é igual ao churrasco que tem que ficar cuidando toda hora, quando abre já está pronto”, finaliza. Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial , Facebook e Twitter . Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui) . Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News .