Pela terceira vez, a comerciante Eliete de Oliveira, 36 anos, foi vítima de assaltantes na região central de Campo Grande. O último episódio ocorreu na manhã deste sábado (22), quando um homem entra na loja e furta um aparelho celular que estava no balcão. A ação do criminoso foi registrada pelas câmeras de segurança. Esse caso foi sugerido por leitor que enviou mensagem pelo canal Direto das Ruas. Sentada no banco de espera da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol para registrar boletim de ocorrência, a comerciante conversou com a reportagem pelo telefone. Indignada com a “cara de pau” do ladrão e a falta de segurança no Centro da Capital, Eliete diz se sentir insegura para trabalhar. “O comércio está pedindo socorro. Ele (criminoso) roubou e saiu andando tranquilamente, eles não têm mais medo da polícia”, lamentou desanimada. Segundo Eliete, o suspeito chegou na loja que vende acessórios femininos perguntando sobre os produtos e formas de pagamento. Após alguns minutos no estabelecimento, ele aproveitou que o celular da empresa estava em cima do balcão, pegou o aparelho e colocou no bolso. A ação do homem disfarçou e, na sequência, foi embora. “Depois de roubar, ele, ainda perguntando sobre uma bolsa, falou ‘vou sacar o dinheiro e pagar no dinheiro porque tem desconto’ e saiu”, disse a vítima, afirmando ter sentido falta do celular minutos depois. “Foi questão de cinco minutos, olhei na câmera, vi ele pegando, corri e mostrei para os policiais que estavam fazendo a segurança do bloco de Carnaval na Rua Barão do Rio Branco, mas eles disseram que não podiam sair do local para irem atrás”, expôs, indignada com o descaso da equipe. Sem saber o que fazer para evitar que sua loja seja novamente assaltada, Eliete pede segurança. “Queria mais policiamento na região central, tipo, eles estavam no evento, mas e o comércio, fica inseguro? Com a imagem que eu tinha, eles podiam ter pegado o ladrão, é um celular de mil reais, podiam ter tido uma atenção maior comigo”, finalizou. Prejuízo – No dia 2 de junho do ano passado, outro ladrão também entrou na loja de acessórios da Rua 14 de Julho após quebrar as vitrines com um tijolo. Na ocasião, o criminoso levou R$ 10 mil em mercadorias e um notebook. A ação levou só 2 minutos e foi filmada pelas câmeras de segurança. Na época, Elite também conversou com a reportagem sobre a onda de furtos na região. “Aqui a questão da criminalidade é complicada. Tem vários comerciantes que reclamam. Todo dia alguém está sendo assaltado”, lamentou. Questionada sobre a reclamação da vítima, a assessoria de comunicação da Polícia Militar informou que o patrulhamento preventivo é realizado diuturnamente na região informada, por meio do 1° Batalhão de Polícia Militar, bem como pelas unidades de atividade especializada, como o Batalhão de Choque e Batalhão de Trânsito. A corporação destacou ainda que a Polícia Militar é responsável pelo policiamento ostensivo e preventivo, e pelo atendimento de urgência e emergência via telefone 190. A investigação da autoria e materialidade de crimes, após sua ocorrência, cabem à Polícia Civil, com suas atribuições de polícia judiciária. “Independente destes dados, estaremos informando a unidade da PMMS responsável pela região, transmitindo que houve esta demanda, a fim de ser feito uma análise da referida situação e da ação dos policiais na região e, conforme necessário, aplicar as ações de modo a prevenir e reprimir esse tipo de situação, visando sempre atender, cada vez melhor, nossa população sul-mato-grossense”. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .