Um mutirão agendado para 15 de março, no Caps (Centro de Atenção Psicossocial) infantojuvenil de Campo Grande, irá avaliar cerca de mil crianças e adolescentes com hipóteses clínicas que vão desde TDAH (Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade) até depressão. Outros possíveis diagnósticos entre a maioria são transtorno de ansiedade e TEA (transtorno do espectro autista). Pacientes que precisam de laudo para atestar deficiência intelectual também estão entre os casos. A prévia foi informada ontem (19), pela psiquiatra e coordenadora da Rede de Rede de Atenção Psicossocial da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Gislayne Budib. “Você tem uma hipótese diagnóstica que vem do médico clínico geral porque esses pacientes foram encaminhados por hospitais ou unidades da atenção primária à saúde. Alguns dos diagnósticos poderão ser fechados no mutirão”, explicou. Após, os pacientes começarão tratamento no próprio Caps ou em instituições conveniadas com a prefeitura. Só serão atendidos pacientes de 1 a 18 anos que já receberam encaminhamento e estão na fila do Sisreg (Sistema de Regulação) da rede municipal. No entanto, o Caps poderá receber novos pacientes nos dias fora do mutirão. Não é preciso agendar atendimento, é só chegar. O Caps infantojuvenil fica na Rua São Paulo, 70, no Bairro Monte Castelo. Ele funciona 24 horas, todos os dias. Equipe e voluntários – Segundo Gislayne, 20 médicos, 20 psicólogos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais e servidores da prefeitura voluntários vão participar da ação. Os voluntários vão ajudar com organização, atendimento, orientação e até recreação. Eles terão direito a um certificado de 12 horas de participação. Fila enorme – O mutirão com adultos, que já está ocorrendo, e o com crianças e adolescentes foram a solução imediata que a Sesau encontrou para reduzir a fila para a primeira consulta com psiquiátrica na rede pública de Campo Grande, que superou os cinco mil, contando adultos, crianças e adolescentes. Os primeiros da lista aguardavam há aproximadamente dois anos e meio. O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) cobra na Justiça medidas para zerá-la em 100 dias. Segundo Gysele, antes disso a pasta planejava resolver a questão e vinha contratando mais psiquiatras. O número de pacientes começou a crescer em 2026 e “explodiu” durante a pandemia de covid-19, afirma a coordenadora. Atenção ao celular – A Sesau pede que os pacientes fiquem atentos ao celular. Funcionários do Sisreg fazem quatro tentativas de ligação pelo número (67) 3314-4615. Os que estão na fila, mas ainda não receberam ou não atenderam a ligação, precisam procurar o posto de saúde mais próximo para atualizar os dados pessoais. Caso a pessoa não puder ser contatada por telefone, agentes comunitários de saúde poderão procurá-la no endereço cadastrado para auxiliar o encaminhamento. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .