Seminário Internacional da Rota Bioceânica, realizado em Campo Grande, encerrou nesta quinta-feira (20) com avaliações positivas de representantes da Argentina, Chile e Paraguai sobre o desenvolvimento de Mato Grosso do Sul e sua infraestrutura para a consolidação do projeto, que agora será chamado de Corredor Bioceânico de Capricórnio. O evento reuniu autoridades políticas, especialistas e empresários para debater os impactos econômicos, sociais e logísticos da rota, que ligará o Brasil ao Oceano Pacífico por meio de estradas que atravessam os países vizinhos. O Corredor Bioceânico é um projeto estratégico para o comércio internacional, especialmente para o Brasil, ao reduzir distâncias e custos de exportação para os mercados asiáticos. Além do impacto econômico, a iniciativa fortalece a integração entre os países sul-americanos, impulsionando o turismo, o desenvolvimento regional e a cooperação entre os governos. Durante o evento, os participantes destacaram a infraestrutura avançada do Mato Grosso do Sul e sua importância na viabilização desse corredor logístico. O secretário de Segurança Viária da província de Jujuy, na Argentina, Alejandro Eduardo Marenco, enfatizou a organização e estrutura já existentes no Brasil como diferenciais do projeto. “O que levamos daqui é muito aprendizado, principalmente sobre o trabalho consolidado que vocês já possuem. A geografia também é muito interessante, porque os biomas são completamente diferentes dos nossos. Essa diversidade nos ajuda a entender como podemos complementar nossos esforços”, afirmou. Marenco também ressaltou o potencial turístico da região e a oportunidade de ampliar o intercâmbio entre os países. “Quero voltar para Campo Grande e Mato Grosso do Sul para conhecer melhor essa paisagem linda que vocês têm, algo que não existe em Jujuy. Nossa população é menor, mas estamos de portas abertas para receber brasileiros e fortalecer essa relação. O trabalho conjunto será essencial para o sucesso da rota”, destacou. O governador da região de Antofagasta, no Chile, Ricardo Diaz, destacou a infraestrutura de Mato Grosso do Sul e sua relevância para a implementação do Corredor Bioceânico. “Aqui a região já é pantaneira, um bioma completamente diferente do que temos em Antofagasta. Vocês têm aqui uma infraestrutura muito boa, no sentido até de eventos, e isso é muito interessante. A Rota Bioceânica vai unir lugares distintos com estruturas distintas, biomas completamente distintos, e também nós vamos enriquecer com essa diversidade, são pontos interessantes que eu vou levar para casa”, explicou. O representante do governo paraguaio, Raul Silva Insfran, ressaltou o impacto positivo da construção da ponte sobre o Rio Paraguai, que ligará Porto Murtinho a Carmelo Peralta, no Paraguai. Segundo ele, essa estrutura será um marco para o desenvolvimento regional. “O que nós vemos aqui muito interessante é o desenvolvimento. E eu creio que a ponte que está sendo construída vai nos desenvolver e nos unir cada vez mais. Nós estamos fazendo esforços conjuntos e adiantando e desenvolvendo as obras. É isso que nós vemos em Porto Murtinho. Nós também vemos muito desenvolvimento no que tange a indústria, infraestrutura. Passamos por Porto Murtinho, Maracaju, Campo Grande. Então isso é algo que nós devemos levar. De qualquer forma, o desenvolvimento que nós vemos aqui é muito importante. Nós vamos copiar e com certeza vamos reproduzir”, destacou. O Seminário Internacional da Rota Bioceânica reforçou o papel estratégico do Mato Grosso do Sul na implementação do projeto e evidenciou a sinergia entre os países envolvidos. O evento reuniu lideranças políticas, empresários e especialistas para discutir desafios e oportunidades, destacando avanços concretos como a construção da ponte entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta.
De beleza a desenvolvimento, MS impressiona lideranças que compõem a Bioceânica
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