Guerra dos bonés – A tendência iniciada em Brasília, conhecida como “guerra dos bonés”, chegou à Câmara Municipal de Campo Grande. Durante a 1ª sessão ordinária do ano, vereadores da direita e da esquerda exibiram seus bonés em suas bancadas de votação. Curiosamente, no plenário Oliva Enciso, as bancadas dos três vereadores do PL fica lado a lado da dos três vereadores do PT. Pela direita, o boné exibe “Nem picanha, nem café”. Em contrapartida, os vereadores do PT, vestiram a cor azul, com os dizeres “O Brasil é dos brasileiros”. Caiu de paraquedas – Em meio a reunião com autoridades de todos os poderes, o ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (MDB), caiu de paraquedas na sala da Presidência da Assembleia Legislativa. O emedebista chegou para uma agenda e logo foi informado que a pauta era outra e a conversa a portas fechadas iria demorar. Logo um correligionário saiu da sala da e levou Puccinelli para outro lugar. Voto trocado – Posto como possível candidato a deputado estadual em 2026, Puccinelli aproveitou o momento para conquistar apoio de parlamentares entre eles o deputado estadual Paulo Duarte (PSB). A “solução” encontrada pelos dois foi simples e justa: cada um vota no outro, assim fica um por um. Puccinelli ainda considerou o acerto: “se for verdadeiro vale!”. Já Duarte garantiu que é um homem de palavra. Leitores vorazes – Se no ano passado, duas operações policiais chamaram a atenção por serem batizadas com nomes que faziam referência a clássicos da literatura, nesta terça-feira (18), parece que um leitor voraz das forças de Segurança Pública atacou novamente. Operação do Gaeco e Gecoc contra esquema de corrupção foi nomeada Malebolge, local como o inferno na Divina Comédia, de Dante Alighieri, onde fraudadores e corruptos são punidos. Medida “urgente” – Nomeada pela Prefeitura de Campo Grande desde 2 de janeiro para trabalhar na Casa da Mulher Brasileira, a advogada e artista plástica Iacita Azamor só se tornou gerente do espaço oficialmente na segunda-feira (17), cinco dias depois que feminicídio expôs gargalos do combate à violência contra a mulher em Campo Grande. A publicação é retroativa ao dia que a indicada para o cargo começou a trabalhar, mas não passou por coincidência. De repente, formalizar a responsabilidade se tornou urgente? 10 minutos – Depois de três horas de reunião com os poderes envolvidos na rede de proteção às mulheres vítimas de violência, na manhã desta terça-feira (18), não sobrou tempo para os deputados estaduais acompanharem a sessão ordinária. A solução foi transferir a votação da pauta do dia para esta quarta-feira (19). Com isso a sessão durou pouco mais de 10 minutos. Foi o tempo de ler a ata de quinta-feira (13), o expediente do dia e nominar as autoridades como prefeitos e vereadores que estavam na Casa de Leis. Pedido de Cassação – A sessão ficou tão esvaziada que o grupo que iria protestar contra a exposição feita pelo deputado João Henrique Catan (PL) de uma mulher trans no início das aulas da Reme (Rede Municipal de Educação), teve pouca oportunidade de levantar seus cartazes. De acordo com a presidente da UNA LGBT, Sofepoar Minott, de 23 anos, elas querem que Catan seja responsabilizado por suas falas transfobicas na comissão de ética da Casa. A definir – Na primeira sessão da Câmara dos Vereadores, o presidente Epaminondas Vicente Neto, o Papy (PSDB), destacou que a disputa pelas comissões foi “acirrada”, especialmente, como sempre, na CLJR (Comissão de Legislação, Justiça e Redação), que analisa a constitucionalidade e legalidade dos projetos. A Câmara tem 25 comissões permanentes, mas, na última sessão, apenas 21 foram definidas. Ainda estão em discussão as comissões de comissões que não dão tanto “Ibope”, como Cultura, Assistência Social, Causas Indígenas, Legislação Participativa e Política Antidrogas. Sem pressa na escolha – Embora todas as lideranças de bancada tenham sido definidas na primeira sessão do ano, o cargo de líder da prefeita segue vago. Nenhum dos seis vereadores da base aliada se dispõe a assumir a missão de defender as pautas da Prefeitura. Desinteressado – Na última legislatura, o cargo foi ocupado pelo vereador Beto Avelar (PP), que inicialmente sinalizou não ter interesse em reassumir a função. No entanto, em entrevista ao Campo Grande News , ele informou que nesta quarta-feira (19) se reunirá com a prefeita Adriane Lopes (PP) para discutir a possibilidade de continuar no posto. Vale lembrar que os últimos cinco líderes não foram reeleitos, e Beto, com sua reeleição, quebrou a “maldição do líder”.