Secretaria de Saúde localiza quase R$ 500 mil em insumos médicos vencidos

O almoxarifado da Secretaria Municipal de Saúde perdeu quase meio milhão de reais em insumos médicos vencidos em Dourados, cidade a 251 km de Campo Grande. Comprados para atender os postos, os materiais custaram R$ 445.960,87 ao cofre público, mas não foram usados e agora terão de ser descartados. A denúncia foi feita pelo atual secretário de Saúde Márcio Figueiredo e responsabiliza a gestão passada pelo ato. A lista dos materiais vencidos foi elaborada em vistoria feita nas últimas semanas e entregue nesta quinta-feira (6) ao prefeito Marçal Filho (PSDB). De acordo com Márcio Figueiredo, entre os insumos vencidos estão materiais odontológicos, de coleta de preventivo e de sangue, seringas e agulhas. Na pilha de caixas estão 75 mil unidades de potes para coleta de urina e fezes para exame. Há também quase 500 quilos filme para raio-X. Segundo ele, faltou planejamento, organização e controle no almoxarifado. “Para fazer compra de qualquer tipo de insumo é preciso planejar o que será consumido em determinado período. Isso é o mínimo a ser feito”, afirmou Márcio Figueiredo. “Outra questão, o almoxarifado da Secretaria de Saúde precisa trabalhar em parceria com o almoxarifado da Funsaud, que administra o Hospital da Vida e a UPA [Unidade de Pronto Atendimento], o que não acontecia até 1º de janeiro”, completou. Ao receber a lista dos materiais vencidos, Marçal foi informado pelo secretário que a prefeitura terá de contratar empresa especializada para fazer o descarte correto dos insumos impróprios para uso. “Sempre recebi reclamações da população sobre falta de materiais nos postos de saúde. Também ouvi relatos de profissionais até sem luvas descartáveis para trabalhar, mas tudo estava aqui no almoxarifado”, afirmou Marçal Filho. O volume de insumos vencidos tem também escovas cervicais para coleta de preventivo, scalp para coleta de sangue, materiais para tratamento de canal e restauração dentário, materiais para sutura em caso de cortes, cateter para sonda nasogástrica para alimentação de pacientes acamados, conjunto para inalação e até aventais. Márcio Figueiredo afirmou que alguns dos itens vencidos estão em falta nos postos de saúde. Ainda em fevereiro, segundo ele, a prefeitura fará licitação para comprar insumos, mas o processo levará até 100 dias devido a questões burocráticas. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .