Dança das cadeiras: prefeita exonera pastor e outro vai para gerência

A prefeita Adriane Lopes (PP), que nomeou, na Prefeitura de Campo Grande, 12 pastores da igreja que ela própria frequenta, fez duas alterações nesta quarta-feira (5) após reportagem do Campo Grande News . A chefe do Poder Executivo exonerou Jorge Luís Franco do cargo em comissão de coordenador do Centro de Múltiplas Referências e Convivência do Idoso “Edmundo Scheuneman”, ligado à Secretaria Municipal de Assistência Social. O decreto foi publicado hoje, mas com efeito retroativo a 3 de fevereiro. Ele havia sido nomeado neste cargo em 31 de outubro do ano passado. Em dezembro de 2024, o Portal da Transparência informou que ele teve salário de R$ 4.403,97. Essa é a última folha de pagamento publicada.  Jorge foi candidato a vereador em Campo Grande pelo Avante, declarou patrimônio de R$ 1 milhão e ficou como suplente.  O Diário Oficial de Campo Grande desta quarta-feira (dia 5) também trouxe a designação de Fausto Azevedo Tlaes para gerente administrativo da Central de Atendimento ao Cidadão. O decreto tem efeito retroativo a 2 de janeiro.  Nos primeiros dias do ano, ele já tinha sido reconduzido ao cargo de assessor executivo na Secretaria Municipal de Administração e Inovação. O contracheque de dezembro do ano passado indicou remuneração de R$ 9.567,09.  Quando a prefeita foi reeleita, a Assembleia de Deus Missões de Campo Grande divulgou comunicado festivo em sua página na internet. “Domingo (27), Adriane Lopes, aos 48 anos, registrou um marco histórico: a primeira mulher eleita a Prefeitura de Campo Grande, em seus 125 anos de história. Assembleiana, serve a Deus como missionária na igreja Assembleia de Deus Missões presidida pelo pastor Antônio Dionízio da Silva”. Em 2020, Antônio ficou conhecido pelo episódio do vídeo do “tapa no bumbum” e uma ex-funcionária da igreja, que abriu crise entre os fiéis.  Sobre as nomeações dos 12 pastores, a Prefeitura de Campo Grande informou, na semana passada, que “nomeação na administração municipal seguem critérios estritamente técnicos e profissionais, pautados nas necessidades da administração municipal e nas qualificações dos indicados para os cargos, além da capacidade de cada profissional para exercer suas funções, independentemente de sua filiação religiosa”.  Nesta quarta-feira, o  Campo Grande News  voltou a questionar a prefeitura, mas não obteve resposta. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .