Criança tira sangue à toa e pai denuncia falta de reagente para exames em UPAs

Um pai denunciou que a rede municipal de saúde está enfrentando a falta de um reagente essencial para preservar o sangue coletado em exames laboratoriais, causando a necessidade de repetição de coletas e dificultando o acompanhamento de pacientes. Ele afirma que sua filha, diagnosticada com hepatite, teve que realizar sucessivas coletas de sangue na tentativa de monitorar sua recuperação, mas que, em três ocasiões consecutivas, os exames não puderam ser concluídos devido à coagulação ou hemólise das amostras. Segundo ele, ao procurar atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Cel. Antonino e Leblon nesta terça-feira (05), recebeu a informação de que o problema ocorre devido à falta do reagente necessário para conservar o sangue até a realização dos testes.  “Os exames médicos que estão sendo realizados de coletas de sangue nos UPA e UBS estão dando coagulados ou hemolisados. Colhi três dias seguidos exames da minha filha e nenhum veio com resultado. Então ouvi o pessoal da enfermagem dizer que está sem reagente para manter o sangue nos laboratórios”, relatou. O pai recebeu um documento (imagem acima) informando que as amostras de sua filha foram inutilizadas devido à hemólise, o que significa que os glóbulos vermelhos foram danificados, tornando impossível a análise dos exames laboratoriais. O documento orienta que uma nova coleta seja realizada para avaliar os parâmetros necessários, o que, segundo ele, só reforça a falha no atendimento e a necessidade urgente de reposição do reagente. Em resposta, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) confirmou que há uma falta pontual do reagente específico para os exames de diagnóstico de hepatite, mas garantiu que o fornecimento será restabelecido até a próxima semana. A Sesau também afirmou que pacientes que apresentam dosagens hepáticas superiores a mil continuam a ser atendidos por meio de testes rápidos. Além disso, a secretaria negou que as coletas estejam sendo feitas sem o reagente, alegando que, quando há desabastecimento, os exames nem chegam a ser solicitados. “A falta de estrutura para armazenamento e a necessidade de novas coletas de material não procedem, já que há uma falta pontual do reagente para esse exame e, nesses casos, não é possível nem mesmo realizar a solicitação do exame e, desta forma, não é feita a coleta do material”, esclareceu a pasta. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas  redes sociais .