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Celular de deputado morto envolve políticos, juíza e promotoras

Conversas obtidas após a quebra de sigilo do celular do deputado Eulalio Gomes, o “Lalo”, do Partido Colorado, causaram crise política no Paraguai. Políticos, juízes e promotores de Justiça do país vizinho aparecem em diálogos com o parlamentar do Partido Colorado, investigado por ligação com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Nascido em Ponta Porã (MS) no dia 25 de janeiro de 1956, Eulalio Gomes foi morto por policiais paraguaios durante operação em sua casa, em agosto do ano passado, em Pedro Juan Caballero. Além de deputado, Lalo era pecuarista respeitado na linha internacional. Nesta semana, o juiz Osmar Legal autorizou a divulgação das conversas recuperadas no celular de Lalo Gomes. Os áudios e mensagens de texto tiveram efeito devastador na política nacional paraguaia. Entre os citados nas conversas estão o vice-presidente do Jurado de Injuiciamiento de Magistrados (equivalente ao Conselho Nacional de Justiça do Brasil), o deputado Orlando Arévalo. Ligado ao ex-presidente do Paraguai Horacio Cartes, Arévalo pediu afastamento do órgão federal. Também aparecem nas conversas de Lalo Gomes a juíza Sadi López e as promotoras de Justiça Stella Mary Cano e Katia Uemura, que atuam na fronteira com Mato Grosso do Sul. O escândalo recebeu o nome de “#AMafiaManda” e evidencia suposta corrupção nas entranhas da Justiça do Paraguai. Nesta quarta-feira (5), o procurador-geral Emiliano Rolón informou que encaminhou para o Jurado de Injuiciamiento de Magistrados a denúncia contra a juíza, o deputado Arévalo e as promotoras. Ontem (4), a Corte Suprema de Justiça abriu processo administrativo para investigar a juíza Sadi López, acusada de trocar favores com Lalo Gomes. Segundo a imprensa paraguaia, entre os diálogos estaria pedido do deputado para liberdade do narcotraficante Ederson Salinas, o “Ryguazu”, executado há dois anos, em Asunción. Em entrevista ao jornal ABC Color, a promotora Katia Uemura reconheceu como verdadeiras as conversas com Lalo Gomes, mas negou qualquer irregularidade. Disse que recorreu ao então deputado colorado em momento de desespero, quando era investigada no âmbito da Operação Pavo Real, desencadeada contra a organização comandada pelo brasileiro Jarvis Gimenes Pavão (preso no Brasil). O marido de Katia Uemura foi preso acusado de fazer parte do esquema de lavagem de dinheiro do clã comandado por Jarvis Pavão, mas Katia foi inocentada. A promotora alegou não ter recebido apoio político em Asunción e recorreu a Lalo Gomes para conseguir audiência no órgão federal responsável em investigar promotores e juízes. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .

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By Thiago Gabriel

Sou um editor de notícias especializado em eventos políticos, econômicos e de jogos online.

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