Homem que atacou e esfaqueou idosa foi parar ao lado da vítima em hospital

Idosa, de 73 anos, foi esfaqueada no pescoço, tórax e pernas por um homem, de 51 anos, que invadiu sua residência na Rua Andiroba, Bairro Coophatrabalho, na última sexta-feira (31). O autor foi preso em flagrante após ser contido por trabalhadores de um comércio ao lado e foi parar na Santa Casa, sob escolta, na mesma ala que a vítima depois de ser agredido para ser contido.  As facadas não atingiram diretamente nenhum órgão vital, ela tem previsão de alta para esta semana. “Ela está muito traumatizada. Além das quatro perfurações de faca, ele feriu a boca dela, porque ele colocava os dedos na garganta e puxava dentro da boca, para ela não gritar”, relata Sidineia Almeida de Souza, de 47 anos, filha de Iraci Almeida, sobre o estado de sua mãe. A idosa está precisando de fisioterapia para respirar normalmente, pois uma das perfurações raspou parte do pulmão. Iraci foi encaminhada para Santa Casa até a família descobrir que o autor do crime estava na mesma ala que a idosa. “Com muito custo, eles trocaram minha mãe de setor. É uma questão de insensibilidade. O cara que tentou matar ela, estava no mesmo setor que ela”, conta a filha. Iraci mora em sua residência há mais de 30 anos e com o neto, Leonardo Almeida, de 28 anos. O crime aconteceu por volta das 11h, quando seu neto estava trabalhando e ela estava sozinha em casa. “Ele entrou de máscara de matador de jogos, com distintivo no peito, tipo distintivo de polícia e com algemas”, relata uma das filhas de Iraci ao Campo Grande News . A idosa tem o costume de deixar seu portão aberto e estava lavando louça quando o homem entrou no imóvel pedindo por dinheiro ou cartão de aproximação, ameaçando-a com a faca no pescoço. Quando ela respondeu que não tinha, começou a ser esfaqueada com as mãos dentro da boca para impedi-la de gritar, como conta a filha Sidineia. Quando ela sentiu ânsia de vômito, ele tirou a mão de dentro da boca de Iraci, e ela foi capaz de gritar. Momento em que trabalhadores do bar ao lado ouviram os gritos e foram a socorrer. Quem conteve o autor foi Paulo Ricardo de Oliveira, de 18 anos, “saí para chamar ajuda, procurar algo e poder ajudar ela, mas ele correu junto comigo”, relata o jovem.  Ao tentar conter o autor, ele também feriu outra vítima com facadas. “Deus foi tão bom que ela foi defendida. Hoje a gente enxerga isso como um milagre na nossa vida e na vida dela. Estamos tentando nos refazer emocionalmente, psicologicamente. Ela chora ao se lembrar de tudo. Além de todos os cuidados físicos, ela vai ter que ter cuidado emocional. Ela está viva, bem e se recuperando”, relata filha de Iraci.