O Governo do Estado estabeleceu parceria com as prefeituras para assumir algumas séries da educação e garantir que municípios consigam se dedicar a ampliar vagas para a educação infantil, propiciando condições para mães deixarem as criança mais novas e trabalharem com segurança. A medida gerou 20 mil vagas em 2024 e 12 mil neste ano. Em outra frente, está o esforço da Secretaria Estadual de Educação em criar normas para a aplicação da lei que proíbe o uso de celular no ambiente escolar, que começa a valer neste ano letivo. Estes são alguns dos temas da entrevista que o titular da Pasta, Hélio Daher, concedeu ao podcast Na Íntegra, do Campo Grande News. Uma demanda sempre urgente e atual, as vagas na educação infantil, as antigas creches, é um desafio que o governo estadual passou a se envolver, embora a Constituição Federal atribua prioritariamente às prefeituras, diante do plano de buscar o desenvolvimento econômico e novos empreendimentos empresariais, surgindo maiores oportunidades de trabalho, que devem ser estendidas às mulheres. As mulheres precisam entrar no mercado de trabalho e, às vezes, o que dificulta essa mãe de entrar é justamente não ter onde deixar o filho.” Daher aponta que se trata de um projeto do Estado, para “dar conta de crescer”, sendo uma ação que não atende somente o direito da criança de acesso à educação e cuidado, mas também uma oportunidade às mães para ingressar no mercado de trabalho. Na semana passada, o governo estadual promoveu seu primeiro grande evento do ano e escolheu como tema a educação, reunindo os prefeitos que acabaram de tomar posse e anunciando R$ 920 milhões. O valor é para melhorar a estrutura física, equipamentos e até eletrodomésticos das escolas, transporte escolar – com R$ 58 milhões em emendas para cerca de 140 ônibus e aporte de R$ 60 milhões do Executivo Estadual para ajudar no custeio do serviço ao longo do ano e aperfeiçoamento dos serviços, como a ampliação da educação profissional para os jovens. O uso do aparelho celular pelos alunos na escola é outro tema da entrevista. Daher aponta que está em elaboração uma portaria com regras sobre como aplicar a lei federal, mas admite que será uma norma transitória, porque o Ministério da Educação está dedicado a criar o padrão para todo o País. Ele prejudica também a socialização, o estudante não socializa com os colegas…em vez de estar vivendo a heterogeneidade da escola, estava vivendo a homogeneidade de ideias de um grupo de WhatsApp.” O secretário considera que a preocupação vai além da dispersão dos estudantes e o prejuízo ao aprendizado, impactando também nas relações pessoais e na formação da personalidade das crianças e jovens.