É a mãe! Por que tomamos café ao acordarmos?

A pergunta parece inusual, meio banal, desimportante, mas há um segredo, pouco conhecido, para o costume que temos de tomar café nas primeiras horas da manhã. Esse estudo foi realizado pelo neurocientista e psiquiatra Paul MacLean na década de 1.960. Fundamental para a venda de inúmeros produtos, dentre eles, o cafézinho da manhã. Os três cérebros. MacLean identificou três regiões principais no cérebro com funções distintas: o neocórtex, onde se processam o raciocínio e a linguagem; o sistema límbico, relacionado às emoções; e o reptiliano, que é a parte mais primitiva, ligada aos instintos. No caso do café, o objetivo era saber o que fazia as pessoas, pelo menos no Ocidente, quererem comprá-lo. Muitas pessoas responderiam que era o “gosto”. Mas a resposta correta não era essa. O que leva as pessoas a tomar o tradicional cafézinho da manhã é o aroma. Pura emoção. É a mãe! Nas primeiras horas da manhã, a área racional do cérebro ainda não está totalmente ativada e o que prevalece são as áreas mais antigas e instintivas, ligadas as emoções. As pessoas compram café porque o cheiro remete, inconscientemente, à mamãe preparando com amor a primeira refeição do dia e garantindo a sobrevivência da família. É o “cheirinho da infância” inebriante que leva o consumidor a comprar o café. Basta abrir o pacote para o aroma levá-lo ao passado. Cada vez que comemos, o cérebro registra uma ficha completa com o gosto, o cheiro, as sensações e o nível calórico que acompanham as mastigadas. Na infância, esses registros são mais intensos.