Após parto emocionante no ventre de mãe morta, Yago luta para andar - BET813 - Melhor Entretenimento Após parto emocionante no ventre de mãe morta, Yago luta para andar - BET813 - Melhor Entretenimento

Após parto emocionante no ventre de mãe morta, Yago luta para andar

Sete anos após lutar pela vida durante dois meses dentro do ventre da mãe, morta por uma paralisia cerebral, o pequeno Yago Souza Sodré de Noronha, agora enfrenta uma nova batalha, dessa vez para ter a oportunidade de andar pela primeira vez.  A avó da criança, a dona de casa Adriana de Souza Avalos, relata que está aguardando há quase dois anos por uma cirurgia no quadril, que é a esperança para que o neto possa dar os primeiros passos. Mas na luta para conquistar a tão sonhada autonomia, o maior inimigo da criança e da avó, é o tempo.  Adriana conta que deu entrada no pedido pela cirurgia em 2023, após exames apontarem que a criança tinha um problema no quadril, atestando a necessidade de uma cirurgia para a correção. Basicamente, quando Yago fica em pé, o quadril sai do lugar, então ele dominar os movimentos e caminhar.  “Arrumei tudo que eles pediram para atualizar, passamos pelo neurologista, pelo gastroenterologista, e pelo cardiologista em 2023, e eles deram o aval para a cirurgia. Agora, em meados de 2024, ele foi chamado, passou pelo anestesista e era so esperar a cirurgia. Mas aí de repente me chamaram lá e falaram que estava tudo vencido a autorização dos medicos e teria que afzer tudo de novo”, relembra. De volta a correria para conseguir novamente as autorizações dos médicos especialistas, Adriana relata que a dificuldade está sendo na demora para conseguir uma consulta. Recentemente ela conta que o neto conseguiu passar por uma neurologista que atende pela Associação Pestalozzi, mas ainda falta passar pelas demais especialidades. “Quando eu conseguir [o aval] dos outros, o dela já vai ter vencido”, expressa.  Enquanto vê o tempo passar sem nenhuma previsão de quando poderá resolver o problema, Adriana relata que os dias tem sido repletos de angustia, principalmente para Yago. A criança tem microcefalia e uma série de problemas no sistema nervoso, que lhe causa limitações na fala e no sistema cognitivo. A criança também faz uso de remédios controlados, para ajudar no tratamento.  “Na escola, ele vê as crianças andar e quer andar, aí ele fica nervoso [porque não consegue]. A doutora estava diminuindo as doses dos remédios, mas tivemos que aumentar de novo porque ele ficou agitado e quando ele se estressa ele bate a cabeça”, explica a avó.  O dia a dia é ainda mais complicado, pois como Adriana não tem uma boa condição financeira, e não consegue trabalhar porque tem que ficar a disposição do neto, eles dependem de transporte público para se locomoverem, e a dona de casa revela que a maior dificuldade é ter que segurar o neto, pois ela não aguenta mais o peso dele.  “Eu não aguento ele, então quando ele fica nervoso, ele quer andar, ele pula demais, puxa o cabelo, morde, quer descer do colo, quer eu fique segurando ele pra ele andar, e eu não aguento. Eu sofro muito, porque eu vejo ele pendurando nas coisas, e é angustiante de ver, e saber que ele poderia, mas essa situação não deixa”, desabafa.   O Lado B procurou o Hospital Universitário para solicitar informações a respeito do andamento do pedido de cirurgia do paciente, e foi informado, por meio de assessoria de imprensa, que, devido ao risco da crucigia e do quadro de saúde delicado de Yago, é necessário formalizar as autorizações dos médicos cardiologista e pneumologista para o procedimento.  A assessoria também informou que a última consulta do paciente com o ortopedista, especialidade responsável pelo tratamento do quadril, ocorreu em junho de 2023. Além disso, foram agendadas consultas nas especialidades de pediatria e gastroenterologia no H.U para o dia 12 de dezembro de 2024, porém, o paciente não compareceu.  Para a reportagem, a avó explicou que a ausência se deu devido a uma má interpretação das datas, pois ela achou que a consulta seria no dia 23 do mesmo mês.  “Sem os exames e laudos necessários, não é possível realizar a cirurgia. Esse paciente tem um quadro de saúde bastante delicado, todo procedimento cirúrgico com ele requer ainda mais cuidado e sem esses riscos atualizados não tem como realizar a cirurgia. O ideal é ela [avó] ir no ambulatório e reagendar as consultas até para uma nova avaliação com pediatra e ortopedista”, orientou a assessoria o hospital.  Rede de apoio  Adriana relata que cuida do neto sozinha, desde que o pai dele acabou preso por tráfico de drogas, o que fez ela perder o benefício que recebia pela morte da filha, pois foi solicitado no nome do pai da criança. Agora, a dona de casa sobrevive de doações e outros auxílios, como o bolsa família e o mais social, enquanto inventa outras formas de complementar a renda.  Uma das maneiras de arrecadar dinheiro e o bobó solidário, realizado por Adriana de tempos em tempos. O próximo será no dia 8 de fevereiro, e será vendido a R$ 18 a marmita. Quem quiser contribuir com a dona de casa e comprar a comida, ou se prestar a fazer alguma doação, pode solicitar mais informações diretamente com ela, pelo telefone 67 99296-3387,  Relembre a história  O caso do nascimento de Yago é considerado raro, e foi o 35º no mundo inteiro, terceiro do Brasil e inédito em Mato Grosso do Sul. Yago foi gerado durante dois meses no útero de Renata Souza Sodré, que sofreu um AVC hemorrágico aos 22 anos. Na época, o Campo Grande News acompanhou o caso, e chegou a registrar a luta da criança para sobreviver. Renata deu entrada no hospital no dia 27 de janeiro e teve morte cerebral confirmada três dias depois, já entrando na 17ª semana de gestação. Numa arriscada decisão da equipe médica e da família, Renata foi mantida viva para que o primeiro filho tivesse a chance de vir ao mundo, realizando assim um último sonho de Renata. Yago nasceu por volta das 11h do dia 1º de abril de 2017, de 27 semanas (seis meses), de parto cesárea, saudável, com 34 centímetros e 1,05 kg.  O nascimento, no entanto, veio repleto de desafios pela sobrevivência de Yago. O primeiro foi um problema respiratório assim que nasceu, que levou ele a ser entubado. No hospital, pegou três infecções e fez cirurgias de hérnia, no olho e no coração.  Para sair do hospital, Yago precisou ganhar peso e aprender a sugar sozinho, e a criança  recebeu alta em 21 de novembro, quando atingiu 3,5 quilos e 51 centímetros.  Acompanhe o  Lado B  no Instagram @ladobcgoficial , Facebook e  Twitter . Tem pauta para sugerir? 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By Thiago Gabriel

Sou um editor de notícias especializado em eventos políticos, econômicos e de jogos online.

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