Sociedade de Dermatologia reclama de exploração desenfreada da estética

Qual o limite para alcançar a beleza instagramável? Com tantas denúncias de erros em procedimentos estéticos invasivos, o Na íntegra , podcast do Campo Grande News , resolveu conversar com a presidente da SBD-MS (Sociedade Brasileira de Dermatologia de Mato Grosso do Sul), Heloide Marcelino. Para quem não está acompanhando o caso, a 43ª Promotoria de Justiça de Campo Grande informou que prepara aproximadamente mais 30 investigações contra empresas e profissionais suspeitos de oferecer procedimentos estéticos que põem em risco a vida e a saúde de clientes, em especial as mulheres atendidas nos locais. Preocupados com essa situação, a SBD-MS está empenhada em alertar a população sobre as possíveis complicações, sequelas e até situações que podem levar à morte.  Heloide Marcelino tem mais de 20 anos de experiência na dermatologia, atuando até no cuidado de pacientes com hanseníase lá no Hospital São Julião e no ambulatório de Neoplasia Cutânea do Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian). Ela acompanhou a evolução da medicina voltada para estética e, hoje, enxerga a necessidade do mercado em ter mais empatia pelos pacientes. As clínicas já investigadas pelo Ministério Público são suspeitas de irregularidades sanitárias e de submeterem pacientes a procedimentos invasivos, permitidos somente aos médicos. De acordo com o que as investigações apuraram até agora, nenhum dos profissionais envolvidos têm formação em medicina. É importante destacar que a SBD-MS não entra no mérito de “quem pode fazer o quê”, pois há profissionais com especialização e até medidas judiciais. Porém, Heloide lembra que é preciso ter bom senso e valorizar a própria beleza. O Campo Grande News procurou o CRBM1 (Conselho Regional de Biomedicina 1ª Região), que tem jurisdição em Mato Grosso do Sul, que enviou nota esclarecendo que resoluções federais permitem que os biomédicos podem fazer procedimentos de estética avançada, como a intradermoterapia – aplicações profundas na epiderme de enzimas e toxina botulínica.  Já em um caso de erro, recentemente noticiado, o CRO/MS (Conselho Regional de Odontologia) afirmou que intervenções que mudam a estrutura facial de uma pessoa, como nariz e maxilar, são proibidas pela Resolução nº 230/2020 do Conselho Federal da classe. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .