Saiba qual o caminho que bolsa de sangue percorre até chegar ao paciente

Do cadastro à distribuição das bolsas de sangue, saiba as etapas pela qual o sangue percorre dentro do Hemosul de Campo Grande até chegar aos hospitais da Capital e interior. Há 36 anos, a rede faz parte de uma das etapas principais da saúde pública que é a manutenção da vida por meio da doação.  Ao entrar em uma das unidades da hemorrede em Mato Grosso do Sul, o doador passa pela recepção em que é necessário apresentar um documento oficial com foto. Com isso, é fornecido ao potencial doador um questionário em que o candidato preenche informando as condições de saúde e dados pessoais.  Em poucos minutos, uma nova fase começa: a pré-triagem. Nesta etapa, é aferida a pressão do doador, peso, saturação e é feita também o teste de detecção de anemia do candidato. Com isto, o doador está segue para a triagem clínica, em que a pessoa é entrevistada pelo profissional de saúde, que verifica se o doador está apto ou não. Após a etapa administrativa e clinica, chega a principal etapa: a doação de sangue. A coleta, dura aproximadamente dez minutos e é realizada pelos técnicos de hemoterapia do Hemosul. Após a coleta, o doador aguarda um tempo curto até se reestabelecer e pode realizar um lanche para repor as necessidades nutricionais imediatas. O lanche é gratuito. Com as bolsas de sangue em mãos, os técnicos de laboratório colocam o sangue para “descansar” por duas horas, antes delas seguirem para o fracionamento dos hemocomponentes.  Nesta etapa, o sangue é separado em: concentrado de hemácias, plasma e plaquetas. É feita também uma amostra que é encaminhado para a sorologia e imunohematologia, onde é feito testes para Doença de Chagas, Sifilis, Hepatite B e C, HTLV I e II e HIV I e II. No setor de produção do Hemosul, após as bolsas darem entrada, ocorre o fracionamento, conforme explica a Nelcile Alves, de 46 anos, técnica de laboratório. “Para o concentrado de plaquetas, nós utilizamos cinco bolsas de sangue para atingirmos a quantidade ideal. É utilizado a tipagem O+ e A+. Por esse motivo, é tão importante que as pessoas continuem doando”, explicou Nelcile.  Em cinco minutos, uma das máquinas do setor de produção realiza a separação do concentrado de hemácias do plasma. Nesta etapa, o sangue é filtrado para que o doador não receba nenhum anticorpos. “É muito importante esse processo pois faz com que o doador não tenha nenhuma reação”, pontuou ela.  Enquanto não chegam os resultados do exame sorológico, os hemocomponentes permanecem em constante agitação nas incubadoras. Após os resultados, cada hemocomponente vai para o seu local de armazenamento.  As bolsas de sangue e demais componentes vão para o estoque e distribuição, que atende todos os grandes hospitais de Mato Grosso do Sul. “Todos os hemocomponentes ficam aqui conosco, o plasma tem duração de um ano, concentrado de hemácias até 42 dias, e plaquetas apenas cinco dias”, explicou a técnica de enfermagem Barbara Dias, de 47 anos. Ela relata ainda que os principais hospitais de Campo Grande chegam cedo ao Hemosul, e retornam outras duas vezes durante o dia para repor o estoque.  Serviço –  Para doar sangue é preciso ter entre 16 e 69 anos. Em caso de menores de idade, é necessário estar acompanhado do responsável legal. A primeira doação pode ser feita somente até os 60 anos de idade. Em Mato Grosso do Sul, os doadores precisam ter 51 kg ou mais.  Na Capital, o Hemosul da Avenida Fernando Corrêa da Costa, funciona das 7h às 17h, de segunda a sexta-feira, e das 7h às 12h no sábado. É possível doar também no ponto de coleta da Santa Casa, das 7h às 12h, de segunda a sexta-feira, e no Hospital Regional. Outras informações podem ser obtidas pelos telefones (67) 3312-1500 ou (67) 98163-1547. A campanha “Solidariedade Não Tira Férias” é realizada pelo Campo Grande News em parceria com o Instituto Sangue Bom. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .