Ensaio clínico feito pelo Butantan mostrou que a imunidade provocada pela vacina contra a chikungunya se mantém no organismo humano após um ano da aplicação de dose única. O imunizante, desenvolvido pelo Instituto e a farmacêutica franco-austríaca Valneva, foi testado em 750 adolescentes – de 12 a 17 anos – em áreas endêmicas da doença no país, incluindo Campo Grande. O estudo acompanhou os jovens vacinados durante 12 meses. Ao todo, 98,3% deles produziram anticorpos contra o vírus após o período. Além da capital, o ensaio foi feito em Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Recife, Manaus, Boa Vista, São Paulo, São José do Rio Preto e Laranjeiras, em Sergipe. Os dados do estudo norte-americano baseiam o pedido encaminhado pela Valneva e Butantan à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em dezembro de 2023. A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que, em Campo Grande, não há registro de nenhum caso de chikungunya em 2025, segundo o último boletim divulgado, em 21 de janeiro. No ano passado, conforme o boletim divulgado, em 17 de dezembro, foram 75 casos confirmados durante todo o ano. Já no Estado há três casos confirmados da doença, conforme o boletim epidemiológico divulgado no dia 16 de janeiro, 205 casos foram considerados suspeitos. Os pacientes que tiveram laudo de chikungunya moram em Sete Quedas, Maracaju e Ivinhema. Em 2024, MS registrou 48 casos prováveis da doença na primeira semana do ano. Em 2025, o número saltou para 67. Já na segunda semana, em 2024 foram 48 contra 140 de 2025. O número é sete vezes maior que o visto no ano anterior. Risco de chikungunya aumenta no verão – A chikungunya é uma doença viral amplamente distribuída no mundo que pode causar dor crônica nas articulações. O vírus é transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite dengue e Zika. A infecção por chikungunya provoca febre alta (acima de 38,5°C), dor de cabeça, dor muscular, dor intensa nas articulações e manchas vermelhas no corpo. Em casos mais graves, pacientes podem desenvolver dor crônica nas articulações que pode durar anos. Surto da doença em MS – A secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel demonstrou preocupação com a ascensão dos casos de chikungunya em alguns estados do Brasil, incluindo Mato Grosso do Sul. Ao todo, o Estado registrou 2.766 casos prováveis de chikungunya em 2024, um recorde que superou os 2.711 casos de 2023. Antes disso, nenhum ano havia ultrapassado os 600 casos prováveis: 2022 teve 596 casos, enquanto os números foram ainda menores em anos anteriores, como 2021 (173), 2020 (193) e 2019 (173). A comparação entre 2022 e 2024 mostra um aumento impressionante de 364% nos casos prováveis em apenas dois anos, evidenciando a gravidade da situação. Prevenção – A SES (Secretaria Estadual de Saúde) ressalta que a principal forma de prevenção é evitar a proliferação do mosquito, eliminando recipientes que possam acumular água parada, como pneus, vasos de plantas, garrafas e caixas d’água mal tampadas. O uso de repelentes, especialmente em áreas endêmicas, e de roupas de manga longa e calças pode ajudar a proteger contra a picada do mosquito. Também é recomendado instalar telas em portas e janelas e manter os espaços bem ventilados. Ao apresentar sintomas como febre alta, dores articulares intensas, dor de cabeça, cansaço e erupções cutâneas, é essencial buscar atendimento médico. A confirmação do diagnóstico pode ser feita por exames laboratoriais. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .