Jovem recebe pedindo devolução de Pix de R$ 50 mil e aciona polícia

Nesta quinta-feira (16), jovem de 19 anos procurou a Polícia Civil para registrar boletim de ocorrência após receber ligação pedindo devolução de Pix no valor de R$ 50 mil. O caso aconteceu em Campo Grande.  Conforme registro policial, a jovem contou que recebeu mensagem via WhatsApp com código DDD 85. A pessoa, que se identificou como Francisco, disse que havia feito Pix no valor de R$ 50 mil para conta-corrente da vítima, do Banco Bradesco, e queria que o valor fosse devolvido. Ele afirmou ainda que já havia registrado boletim de ocorrência contra ela.  Preocupada com a situação, a vítima foi até uma agência do banco citado para saber o que havia acontecido e foi informada pelo gerente que se tratava de uma conta digital aberta por meio de aplicativo para pedir cartão de crédito. A jovem havia feito o pedido, mas como não conseguiu, acabou desinstalando o aplicativo do seu celular, motivo pelo qual não conseguiu visualizar as transações.   Dessa forma, o gerente do banco imprimiu extrato mostrando que foi feito depósito de R$ 50 mil e várias transferências para a conta, restando somente R$ 0,61. A vítima tentou acesso novamente por meio do aplicativo e descobriu que o seu e-mail e telefone do cadastro haviam sido alterados. Ela, então, registrou boletim de ocorrência para conseguir encerrar a conta na agência bancária. O caso segue sob investigação.  Alerta – A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) já emitiu nota alertando para o golpe do “Pix errado”, que usa o MED (Mecanismo Especial de Devolução) criado pelo Banco Central para facilitar as devoluções no caso de fraudes e golpes. Neste tipo de fraude, golpistas fazem um Pix para a possível vítima, normalmente para um número de celular, e entram em contato dizendo que fizeram um “Pix errado”.  Eles sugerem então que a vítima faça a devolução, mas para uma conta diferente da conta de origem do dinheiro. A partir do momento que a vítima decide fazer o Pix, ela cai no golpe. O golpista utiliza o MED, ferramenta criada justamente para coibir golpes, e em seguida acionam o procedimento, alegando que foram enganados pela pessoa que, na verdade, é a vítima.  Por meio deste mecanismo, os bancos envolvidos irão analisar a transação. Como o Pix devolvido foi feito para uma terceira conta, diferente da conta original da transferência, as instituições entendem que esta ação é típica de golpe e, daí, podem fazer a retirada do dinheiro do saldo da conta da pessoa enganada. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .