“Estamos à mercê”, dizem comerciantes da Avenida Júlio de Castilhos, que viram posto de gasolina desativado se tornar abrigo para moradores de rua. Conforme relatado, após a ocupação, pedestres foram agredidos, lojas foram furtadas e calçadas se tornaram banheiro a céu aberto. O empresário Hudson Mendes, de 50 anos, relata que para evitar que as lojas fossem assaltadas começaram a realizar rondas por conta própria. “A gente já tem muito medo, passamos aqui umas 10 e meia [de ontem], e eles estavam tomando banho na torneira aqui do condomínio. Quando eu desci do carro pra ver o que era, eles já saíram correndo”, conta. Apesar das rondas realizadas, na madrugada desta segunda-feira (16) foi invadida. A proprietária do local, que prefere não se identificar, relata que ficou com prejuízo de aproximadamente R$ 10 mil. “Ele ficou só dois minutos dentro da loja, pegou só o valor que tinha no caixa e dois sorvetes da loja, colocou dentro da mochila e foi embora. Só deu prejuízo de estourar a minha porta e a minha geladeira para pegar mixaria”, disse. A mulher ainda afirma que algum tempo atrás outra loja da região também foi assaltada. A farmacêutica conta que o problema é agravado por uma das pessoas em situação de rua que tem defecado em frente aos estabelecimentos, agredido e até ameaçado clientes. “A insegurança é muito grande, porque eles fazem o que quer, na hora que quer e a gente fica aí. Nada intimida esse povo, nem câmera de segurança. Aí o comerciante, que paga os impostos em dia, é quem paga o pato”, relata a comerciante. A mãe de Junia Gamberini, 43, é uma das pessoas que já foram ameaçadas pela mulher que tem colocado o “terror” na rua. “Ela fica aqui na região e ela faz cocô aqui atrás nas calçadas. Ela tira a roupa, fica pelada aqui no meio de todo mundo”, detalhou. Imagens de câmera de segurança do estabelecimento registraram o momento em que a mulher agride uma pedestre que passava por ela. No vídeo é possível ver que a morada de rua se levanta, tromba na pedestre e logo em seguida dá um tapa nela. Segundo Junia, em outra situação a mulher chegou a arremessar um tijolo contra uma pessoa. Por conta dessas ações, a comerciante relata que os clientes têm diminuído. “A gente fica a mercê, porque aqui a gente tem nosso comércio as pessoas chegam e vão embora porque ela fica coagindo querendo dinheiro, ela fica pra lá e pra cá […] e assim tá a nossa vida, a gente tá refém desse pessoal” “Ninguém tem responsabilidade porque ela é considerada inimputável. E aí, como é que a gente faz? […] Final de ano a gente precisando vender e isso aqui acaba atrapalhando e espantando nossos clientes” Buscando solucionar o problema, os comerciantes realizaram um abaixo assinado junto aos moradores da região para pedirem por mais policiamento. O documento foi entregue a um vereador da Capital nesta segunda-feira. O Campo Grande News entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande para falar sobre essa situação. Até o momento da publicação desta matéria não houve nenhum retorno. O espaço segue aberto. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .