As regiões das avenidas Filinto Müller, Divisão e Guaicurus têm algo em comum: estão entre dois córregos que resistem ao avanço da urbanização e evidenciam que a água seguirá seu fluxo natural, com ou sem drenagem. Os campo-grandenses enfrentaram diversos pontos de alagamento com a chuva desta terça-feira (18) na área do Anhanduizinho. Além do rio que dá nome à região, o Anhanduí, vários bairros margeiam dois afluentes importantes para a hidrografia local: os córregos Bálsamo e Bandeira. O Bandeira nasce no cruzamento das avenidas Thyrson de Almeida e Georges Chaia, segue até a represa do Lago do Amor, passa pelo Rádio Clube Campo e deságua na região da Três Barras. Já o Bálsamo é um braço do córrego Lageado. Ele se forma próximo à Avenida Evelina Figueiredo Selingardi, divide-se no Jardim Radialista e segue de forma independente até o Rita Vieira, passando pela Avenida Guaicurus. Durante as três horas de chuva, com volume de 64,4 milímetros — quase metade da média esperada para todo o mês —, a água precisou escoar até esses afluentes. O que ficou evidente foi que a estrutura de drenagem não suportou a demanda. “Com relação ao alagamento na Guaicurus, constatamos que a tubulação que atravessa o Bálsamo não foi suficiente para uma chuva torrencial como a de ontem. A capacidade não suportou o volume de água, causando o transbordamento”, explicou Marcelo Miglioli, secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos de Campo Grande. O mesmo problema persiste há anos na Avenida da Divisão, entre os córregos Bálsamo e Bandeira, na altura dos condomínios habitacionais. A água se acumula, e a gestão municipal aguarda um processo licitatório para resolver a situação. Segundo Miglioli, a prefeitura trabalha na formalização de um contrato para obras que devem interligar a via à Rua dos Gonçalves, além de outras melhorias no sistema de drenagem. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .