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‘Reality’ de onça é o único jeito de ver o Pantanal para quem não tem grana

Ninguém supera as amadas onças-pintadas do Pantanal. Reflexo disso são os constantes compartilhamentos, curtidas e os vídeos que não saem da lista dos mais vistos da semana por aqui. As aparições se tornaram um verdadeiro “reality show”. O interesse não surpreende, já que, para viver o “oásis selvagem”, e ter a certeza de avistar uma onça, é preciso desembolsar, no mínimo, R$ 5.458,00 por noite, dependendo da escolha de hospedagem no Pantanal. O preço citado leva em conta as fazendas mais requisitadas por famosos na região que cobram essa fortuna por uma experiência no bioma. Com esse cenário, resta acompanhar cada passo das onças através das telas, isso para quem não tem essa grana toda no bolso. A curiosidade é tamanha que coisas rotineiras para os felinos como nadar, se alimentar, dormir em uma árvore,  acasalar  e até defecar viram um espetáculo assistido por milhares de pessoas.  Guilherme Giovanni é fotógrafo e trabalha há quase 15 anos retratando a vida selvagem. No portfólio, ele conta com imagens únicas do maior felino das Américas. Com uma lente de longo alcance, ele já conseguiu fotografar desde filhotes a onças adultas.  Embora esteja há tanto tempo no ramo, nunca conseguiu ter uma experiência completa no bioma com direito a safári e hospedagem “premium”. Para conseguir ter acesso aos locais onde as onças estão, ele oferece o trabalho e fica em pousadas com preços mais acessíveis. O passeio é feito no próprio carro. “Gosto de ir sozinho, até porque, às vezes, uma foto pode levar o dia inteiro para ser feita. No meu caso, faço permuta com hotéis-fazenda, pois o preço ainda é um pouco salgado. Infelizmente, nem sempre é possível avistar uma onça ou algum animal mais específico. Realmente, a maioria dos lugares foge ao nosso bolso. É uma pena, já conversei com muita gente que desanimou pelos valores e pela logística.” Ele explica que as pessoas têm muita expectativa de ver os felinos, mas a empreitada nem sempre é fácil. Claro que existem os sortudos, mas as chances são maiores em locais como a Fazenda Caiman, por exemplo. “Lá, é certeza que vai avistar. Eles fazem ‘turismo de luxo’. Na natureza, já vi algumas, mas é preciso ter muita sorte. A Serra do Amolar também é uma opção. Muitas das fotos são feitas em estradas. Faço como se fosse um safári, próximo a barrancos ou perto de Miranda, entrando na mata pela BR-262. Em Porto Jofre, no Mato Grosso, também é caro. Eu me hospedo em locais de pessoas que conheço, faço um acordo e fico lá. Me chamam para fazer outros trabalhos, e eu já aproveito.” André Bittar fotografa profissionalmente desde 2011, mas o Pantanal só entrou na sua vida em 2019. Para ele, há opções mais acessíveis, mas ainda assim caras para quem sobrevive com até um salário mínimo. Para essas pessoas, o jeito é ver os animais pelo celular mesmo. “Tem fazendas que são caras e não tão acessíveis. Ninguém vai para o Pantanal por isso. Poucas pessoas vão ver a onça-pintada por amor ou porque gostam. A maioria quer tirar foto com elas para se engajar nas redes. É muito caro mesmo, porém as pousadas entregam o que prometem.” Ele acredita que o Estado deveria oferecer um programa que levasse determinados grupos para viver a experiência no Pantanal sem que os aventureiros precisassem gastar uma fortuna. “Uma ONG recebeu um auxílio internacional e conseguiu levar crianças para conhecer o Pantanal de Mato Grosso. Eu fui fotografar, inclusive. Levamos um grupo de quase 50 crianças de uma escola pública de Poconé para ver onça.” Gustavo Figueiroa, do SOS Pantanal, é fotógrafo há 11 anos e acredita que é possível vivenciar o bioma por um preço mais acessível. O que encarece os pacotes é a logística. “Tem opções mais em conta e menos luxuosas, mas a operação no Pantanal é muito cara. Levar comida, guias, manter a equipe, combustível para barco ou carro… A logística é cara. Você vai pagar mais caro, mas está tudo incluso.” Ele ressalta que conhecer o bioma não é apenas turismo para gringo e critica o pouco interesse dos brasileiros, que não valorizam o próprio quintal. Segundo ele, muitos preferem viajar para outros países quando têm condições, em vez de explorar o Pantanal. Acompanhe o  Lado B  no Instagram @ladobcgoficial , Facebook e  Twitter . Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp  (67) 99669-9563 (chame aqui) . Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para entrar na lista VIP do Campo Grande News .

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By Thiago Gabriel

Sou um editor de notícias especializado em eventos políticos, econômicos e de jogos online.

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