O juiz da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Aluízio Pereira dos Santos, adiou a sentença de Lincoln Marcio D’elia, acusado de matar Luiz Henrique de Souza Barbarotti após uma briga entre cães, ocorrida em março de 2018. A decisão foi tomada durante o fim da tarde desta segunda-feira (26), após a acusação solicitar mais tempo para se manifestar sobre o caso. O réu, que também enfrentava acusações de lesão corporal e porte ilegal de arma, teve a pena referente a esses crimes extinta devido à prescrição, uma vez que já se passaram cinco anos desde o recebimento da denúncia, ocorrida em janeiro de 2019. A defesa solicitou a absolvição por legítima defesa, mas o Conselho de Sentença desclassificou o homicídio para culposo, caracterizado pela ausência de intenção direta de matar. O juiz aguardará a manifestação da acusação antes de definir a pena para os crimes de homicídio culposo e o porte ilegal de arma de fogo. Até a decisão do promotor responsável, o réu permanece em liberdade, após ser beneficiado por um habeas corpus. O julgamento foi adiado, ainda sem data para continuidade. Entenda – O crime aconteceu em 22 de março de 2018, quando Lincoln disparou contra Luiz Henrique após uma briga entre os animais das duas partes. Conforme divulgado à época, Luiz Henrique e mais três amigos passeavam com os animais na Orla Morena, quando os cachorros, um deles da raça pitbull, escaparam da casa do réu. Os cães, então, passaram a brigar. Para separá-los, os amigos da vítima empurraram e chutaram o pitbull, resultando em bate-boca. Após a confusão, os rapazes foram embora, mas acabaram interceptados por Lincoln que estava com os dois filhos em um carro. Mais uma vez houve discussão e o réu acabou atirando. Luiz Henrique foi morto pelas costas. Um dos amigos da vítima, Marco Antônio Peralta, foi ferido com coronhadas na cabeça e precisou levar 17 pontos. Ele também foi ouvido nesta manhã. Ao juiz Aluízio Pereira dos Santos, Lincoln relatou que só queria conversar e foi atrás do grupo para tentar resolver a situação, porque eles tinham ido até a casa dele e quebrado a lixeira. “Fui atrás para tentar resolver. Quebraram uma garrafa no meu carro. Não fui para matar ninguém, eu não mirei em ninguém. Atirei para acabar a briga”, disse bastante emocionado. Sobre a arma, alegou que comprou para se proteger em razão de sua profissão. Receba as principais notícias do Estado pelo celular . Baixe aqui o aplicativo do Campo Grande News e siga nas redes sociais: Facebook , Instagram , TikTok e WhatsApp .