O carnaval viking nos salões de hidromel - 813BET - Melhor Entretenimento O carnaval viking nos salões de hidromel - 813BET - Melhor Entretenimento

Odin não bebia nada além de vinho. Na verdade, ele não consumia nada além de vinho – nem comida. Nem um queijinho. A “Edna poética”, o principal livro viking, é bastante firme nessa pauta. Pode parecer estranho que uma divindade escandinava fosse tão devotada ao vinho, já que não se trata de um produto local. Mas esse é justamente o motivo. O vinho era a bebida mais cara que um viking rico podia comprar. Era adquirido no Império Romano. Vinho era um símbolo de status, de modo que Odin, o principal deus no panteão viking, precisava ostentá-lo. O rei dos deuses não podia beber cerveja, porque pegaria mal. Traduzindo Odin. O fato de Odin só beber vinho talvez seja o motivo pelo qual seu nome significa, literalmente, “o frenético”. Alguns estudiosos também traduzem como “o extasiado”, mas, para ser sincero, dada sua dieta alcoólica, a melhor tradução talvez deva ser “o bêbado”. E não é desrespeito, muito pelo contrário. Quando o deus beberrão aparecia, animava a vida viking e armava o caos, o carnaval. Porque a bebida e a embriaguez não precisavam achar seu lugar na sociedade viking: elas eram essa sociedade. Bebida era autoridade, família, sabedoria, poesia, militarismo e destino. Pense em uma sociedade onde a diversão é coisa séria: sem duvida, era viking. Nem um só abstêmio. Devia ser quase impossível ser um viking abstêmio. Não há registro de uma só pessoa que não bebesse. E é preciso comentar a variedade de bebidas que eles tinham disponível. Havia apenas três. O já mencionado vinho, muito caro, que quase ninguém podia pagar, era o preferido. O próximo na ordem de escolha era o mel fermentado, doce e um pouquinho caro. O terceiro era a cerveja. Quase todo mundo, o tempo todo, só bebia cerveja. É provável que fosse um pouco mais forte que as atuais, com cerca de 8% de teor alcoólico. Era escura e maltada. Mas nas sagas vikings todos os heróis bebem hidromel, que era mais refinado. O salão carnavalesco de hidromel. Se você quisesse se estabelecer como um senhor viking, precisava construir um salão de hidromel, mesmo que servisse apenas cerveja. Você o chamava de “salão de hidromel” de qualquer jeito, nem que fosse apenas para manter as aparências. Ele podia ser bem pequeno – alguns tinham só três por 4,5 metros. Outros eram enormes, com centenas de metros. O maior foi o “Heorot”, repleto de pilares e ouro. O primeiro dever é providenciar bebidas. Talvez nunca tenha existido senhores tão simpáticos como os vikings. Seu primeiro dever era providenciar bebidas a seus guerreiros. Era a maneira formal de se estabelecer como um senhor. Se você fosse ao salão de hidromel de um senhor e experimentasse sua bebida, era obrigado a defendê-lo militarmente. Álcool era literalmente poder. Um rei sem um salão de hidromel seria como um banqueiro sem dinheiro ou um bibliotecário sem livros. O carnaval nos salões vikings exigiam mulheres. Além de não existir senhor viking sem bebida, também era exigido deles uma rainha. Pelo menos uma. As mulheres vikings, ao contrario das gregas, era uma parte bem importante das salas de hidromel. Eram elas as “tecelãs da paz˜, como eram chamadas. O carnaval nesses salões sempre tendiam ao caos. Elas amenizavam a atmosfera turbulenta. Elas eram encarregadas da logística do “Sumbl”, o nome nórdico para o carnaval nos salões de hidromel. A festa começava com copos de bebida dedicados aos deuses. Em seguida, a rainha dedicava um copo ao marido. Ela despejava hidromel ou cerveja em uma pequena peneira que mantinha em uma corrente ao redor do pescoço. Era nesse ponto que a rainha podia aconselhar o rei formal publicamente. E ele quase sempre acatava a sugestão. Não há na literatura nórdica a palavra “mulher”, sempre aparecem como “enchedoras de copo”. Quando o rei estivesse bêbado, era ela que servia os guerreiros em ordem de importância. Depois….a bagunça reinava.

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By Thiago Gabriel

Sou um editor de notícias especializado em eventos políticos, econômicos e de jogos online.

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