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No nascimento, o carnaval era teatral e havia sacrifícios de animais

Quem nasceu primeiro: o carnaval ou o teatro? Nasceram umbilicalmente unidos. O carnaval, em seu nascedouro, tinha um festival teatral. Continua sendo teatral? O teatro grego era apresentado durante o festival-carnaval mais grandioso de Atenas. As Grandes Dionísias, realizadas na primavera, quando os marés se tornavam navegáveis, era dedicada ao deus Dioniso (sem o segundo “i”), padroeiro da folia e do teatro. Reunia multidões de todos os lugares. O festival-carnaval atraia multidões, alguns vindo a pé das vilas próximas, outros em asnos ou mulas, e outros de barco das ilhas próximas ou de assentamentos distantes. De onde quer que viessem, os foliões usavam suas melhores roupas. Havia muitos mascarados. Os mais abastados desfilavam em suas carruagens. Tinha mulheres? O festival-carnaval incentivava a ampla participação de toda a sociedade ateniense, incluindo não só os cidadãos (apenas homens), mas provavelmente contava com a participação de mulheres. Vale recordar que elas eram verdadeiras presidiárias em seus lares, nunca saiam de casa. Mas é certo que os “metecos”- estrangeiros que realizavam grande parte do trabalho manual – e os “douloi” – escravos que trabalhavam na agricultura – entravam na folia. Desfile com estátua. O festival-carnavalesco era aberto com o desfile de uma estátua de Dioniso pelas ruas. As multidões se punham em ambos os lados para assistir ao sacrifício de bodes e carneiros, e então seguiam a estátua morro acima até o grande Teatro de Dioniso, uma arena ao ar livre entalhada na encosta da montanha, rodeada por oliveiras e ciprestes perfumados. Peças teatrais na folia. Era a fase final da idade dourada da dramaturgia grega. Em gerações anteriores, os três grandes foram Ésquilo, Sófocles e Eurípides. Haviam criado uma nova e poderosa forma para o teatro. Algo semelhante ao que vemos atualmente. Quando a multidão de carnavalescos chegava ao grande Teatro de Dioniso, no palco não havia nenhum cenário ou acessórios, mas apenas um telheiro na parte de trás do palco. Só dois ou três atores podiam participar. Quando existiam, as cenas violentas nunca eram encenadas no palco, mas ocorriam fora. Um coro que dançava e declamava, com cerca de quinze homens, representava o conjunto de cidadãos e comentava a ação. Agitação era comum. A combinação entre carnaval e teatro, dança e discurso, coro e atores, máscaras e musica, era bastante envolvente. Reunia em torno de 17 mil pessoas e causavam situações explosivas. Em resposta ao perigo, as autoridades proibiram temas contemporâneos que tinham maior probabilidade de causar problemas.

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By Thiago Gabriel

Sou um editor de notícias especializado em eventos políticos, econômicos e de jogos online.

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