Cirurgias, tratamento de canal, restaurações, remoção de cáries, profilaxias, raspagens e outros tratamentos mais invasivos não estão sendo feitos em 11 unidades de saúde da Capital. A situação alarmante levou o Sioms (Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul) a cobrar providências da Prefeitura de Campo Grande, por meio Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) nesta sexta-feira (7). Segundo o Sioms, há relatos de inúmeros problemas denunciados pelos profissionais da odontologia, entre eles a falta de equipamentos e a ausência de manutenção adequada. Um dos principais problemas ocorre com os compressores, cuja falta de funcionamento inviabiliza mais de 90% dos procedimentos odontológicos. De acordo com o presidente do sindicato, David Chadid, a situação persiste há meses e tem comprometido o atendimento. “Temos situações de cadeiras odontológicas antigas e com defeito, ausência de autoclaves, tendo que ser feita a esterilização em outras unidades. Entretanto, os atuais ofícios focam no problema dos compressores devido a urgência de conserto dos mesmo, pois sem funcionamento do compressor não funciona a seringa tríplice da cadeira, o sugador também deixa de funcionar e principalmente o motor de alta e baixa rotação. Fica inviável os atendimentos cirúrgicos, procedimentos invasivos como remoção de cáries, realizar restaurações entre outros procedimentos”, detalha. Algumas curetagens emergenciais e curativos estão sendo feitas, mas ele alega que não é com a mesma resolutividade. Além disso, a situação tem sobrecarregado os plantões de urgência, com pacientes relatando dores, já que as lesões de cárie se não tratadas a tempo podem desenvolver para tratamento de canal. “Cada unidade tem sua fila e não sabemos quantificar como está a agenda. Somente temos noção da sobrecarga que tem ocorrido nos plantões de urgência e emergência no momento. Não conseguimos levantamento do quanto está o atraso na fila de atendimento”, destaca David. Dentre as unidades citadas estão: CRS Aero Rancho, USF Parque do Sol, USF José Tavares, USF Estrela Dalva, USF Carlota, CEO Guanandi, USF Macaúbas, CF Nova Lima, USF 26 de Agosto, CEO Santa Emília e USF Caiçara. Nelas, os profissionais só conseguem medicar emergencialmente, realizar curetagem, orientar e no máximo remover sutura e realizar encaminhamentos, além de ensino de técnica de escovação Até que a situação seja resolvida, os servidores fazem a esterilização em autoclaves de outras unidades de saúde, mas acabam atrasando o processo. Ao Campo Grande News a Sesau confirmou que, em casos de encaminhamento, pacientes estão sendo devidamente referenciados para outras unidades de saúde próximas ao território, de forma a garantir a assistência sem prejuízo ao atendimento. “A secretaria garante que está adotando todas as medidas emergenciais necessárias para reduzir os impactos assistenciais e reforça seu compromisso com a saúde pública e a qualidade no atendimento à população, destacando que todos os esforços estão sendo feitos para atender às necessidades de todos os cidadãos de forma eficaz e ágil”, esclarece a pasta em nota. Por fim, o presidente do sindicato confirmou que deve se reunir com o CRAO (Coordenadoria da Rede de Assistência Odontológica), às 10h desta sexta-feira, na sede da Sesau. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .