A falta de apetite em cães pode ser um sinal de alerta para problemas de saúde. As causas vão desde estresse e mudanças na rotina até doenças mais graves. Como a alimentação é um dos pilares do bem-estar animal, os tutores devem ficar atentos a qualquer mudança no comportamento alimentar dos pets e buscar orientação profissional para evitar complicações. O médico veterinário especialista em nutrição para cães, Gabriel Pascoski, enfatiza que “todo organismo vivo é uma pequena máquina”, e o alimento é o combustível para que essa ‘máquina’ funcione. Quando o cão perde o interesse pela comida, os problemas começam a surgir. Por isso, monitorar o hábito alimentar do pet é essencial para garantir que ele esteja ingerindo os nutrientes e a energia necessários para um funcionamento saudável do organismo. As causas mais comuns da falta de apetite nos cães estão associadas à dor, enjoo, medo, aversão ao alimento, hemoparasitoses (doenças transmitidas por carrapatos), problemas renais e hepáticos, além de alterações neurológicas. “Geralmente, problemas digestivos causam enjoo nos animais e, diferente de nós, humanos, se eles estiverem enjoados, não comerão nada. Nós conseguimos racionalizar a necessidade de nos alimentarmos, mas, para o pet, isso não funciona da mesma forma”, explica Gabriel. Outro problema comum que leva à falta de apetite são as doenças dentárias. A saúde bucal dos cães deve ser mantida em dia. “Imagine ter que comer uma maçã com um dente inflamado e dolorido. Provavelmente, você não iria querer. Essa situação ocorre com frequência quando o cão tem muito tártaro acumulado”, exemplifica o veterinário. Ele alerta que sinais como vômito, diarreia, prostração e perda de peso indicam que algo está errado e já são suficientes para acender um alerta em relação à saúde do pet. Quando a falta de apetite é uma emergência? Gabriel explica que os pets são como “eternas crianças” e, às vezes, apenas não querem comer. No entanto, assim como não é normal uma criança passar dois dias sem se alimentar, também não é para os cães. “Qualquer perda de apetite merece atenção. Se o pet ficar dois dias sem comer, já é motivo para levá-lo a um veterinário. Estudos mostram que pacientes que ficam sem se alimentar por dois ou três dias já necessitam de uma intervenção médica mais rigorosa”, alerta. Como estimular o apetite? O veterinário orienta os tutores a sempre oferecerem alimentos de qualidade e a não deixarem a ração exposta no pote por muito tempo. A recomendação é disponibilizar a comida para o pet e, caso ele não coma em determinado período, retirar e guardar o alimento. Isso evita o processo de rancificação e a perda de nutrientes. Outra dica é estimular o gasto de energia. “Sempre brinque com o pet. Brincadeiras mantêm o corpo ativo e fazem com que ele precise repor essa energia por meio da alimentação”, sugere Gabriel. Além disso, estabelecer uma rotina alimentar é essencial. “Oferecer comida sempre nos mesmos horários, como às 8h e às 20h, ajuda, pois os pets gostam de rotina”, completa. A falta de apetite pode ser um problema complexo, envolvendo diversos fatores nem sempre alarmantes. Por isso, a principal prevenção é monitorar constantemente a saúde do pet, realizar exames regulares e contar com um bom acompanhamento veterinário. A importância de uma dieta balanceada Uma dieta equilibrada fornece todos os nutrientes necessários para que o organismo do pet funcione adequadamente, permitindo que todas as vias metabólicas trabalhem corretamente. Gabriel destaca que check-ups regulares são fundamentais para evitar surpresas desagradáveis no futuro. “Os pets costumam esconder sinais de desconforto ou doença, e adiar o problema pode transformar algo simples em algo mais grave”, finaliza. Acompanhe o Lado B no Instagram @ladobcgoficial , Facebook e Twitter . Tem pauta para sugerir? Mande nas redes sociais ou no Direto das Ruas através do WhatsApp (67) 99669-9563 (chame aqui) . Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .