De Gilgamesh até Jeff Bezos, a eterna busca da fonte da juventude

Desde que o mundo é mundo, há quem busque a fonte da juventude eterna. Gravado na argila há quatro mil anos, o “Épico de Gilgamesh”, um dos primeiros livros de que se tem registro, já falava sobre a jornada de um rei da Mesopotâmia – o tal Gilgamesh – atrás da imortalidade. Bem mais tarde, 300 anos antes de Cristo, Qin Shi Huang, primeiro imperador da China, morreu intoxicado por mercúrio pois acreditava que essa substância lhe daria muitos anos mais. Nos séculos seguintes, os chineses continuaram perseguindo essa ideia, no caminho inventaram a pólvora. E lá vem os alquimistas. Algo similar, aconteceu na Europa medieval. Os alquimistas daquela época desenvolveram a destilação. Foi assim que descobriram o fósforo e criaram o ácido sulfúrico. Mas o objetivo deles era mesmo encontrar a “pedra filosofal”, seria uma substância capaz de transformar tudo em ouro, curar doenças e enganar a morte. A turma do Vale da Eterna Juventude, também conhecido como Vale do Silício. Hoje, quem tomou a dianteira nessa cruzada foram os ricaços do Vale do Silício. Em 2013, o Google fundou a “Calico”, empresa de biotecnologia focada em envelhecimento. Sam Altaman, criador do ChatGPT, investiu 180 milhões de dólares na empresa “Retro Biosciences” cuja missão é aumentar a expectativa de vida em dez anos. Jeff Bezos, fundador da Amazon, aposta muitas fichas na Altos Labs, companhia que estuda como as células podem rejuvenescer. Há bilhões de dólares sendo colocados na Altos Labs. Os entendidos nesse assunto estimam que, neste ano, a industria Antienvelhecimento valerá US$ 610 bilhões.